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Antes de começar a segunda gestão, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) deverá trocar de seis a sete dos 31 subprefeitos, mas não pensa em mudar o secretário Andrea Matarazzo, coordenador das Subprefeituras. "Andrea só sai se quiser", disse Kassab a um aliado na sexta-feira. Com a providencial ajuda do PPS, o prefeito já descartou a nomeação da vereadora Soninha Francine para uma das pastas. Depois de uma desastrada entrevista em que se ofereceu para ser secretária, Soninha perdeu apoio do prefeito e do partido. Além disso, não apoiou Kassab explicitamente no segundo turno.

Segundo Kassab tem dito a aliados, os subprefeitos que deverão sair são "os que foram mal". Coincidentemente, "os que foram mal" são quase todos vinculados ao ex-subprefeito da Vila Mariana, Fábio Lepique, que, por sua vez, deixou o cargo em abril para trabalhar na campanha do ex-governador Geraldo Alckmin. Eles formam o grupo chamado no PSDB de "menudos" e quase todos apoiaram Alckmin no primeiro turno da eleição de outubro.

Kassab tem rejeitado categoricamente que vá repartir a sua gestão com partidos aliados. Ele sustenta que buscará auxiliares nos partidos aliados, mas mantendo o critério de competência e atendendo a duas condições básicas: a primeira é que recusará nomes que não tenham perfil técnico adequado ao cargo; a segunda é que quem escolhe o cargo a ser ocupado não é o partido, mas o próprio Kassab.

Um exemplo claro está acontecendo com a vice-prefeita Alda Marco Antonio (PMDB). Kassab lhe propôs que aceitasse uma secretaria e esta semana, sugeriu ao presidente do partido em São Paulo, Orestes Quércia, que o cargo fosse a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, uma área em que Alda se destacou no passado. Quércia disse que a vice não se interessaria pelo cargo. Kassab insistirá porque quer Alda participando do governo e porque não vê outro cargo que se ajuste melhor a seu perfil.

O prefeito quer mudar o menor número de secretários possível. "Acabei de ganhar uma eleição por causa da boa gestão. Não sou maluco de trocar o secretariado que conduziu essa boa gestão", disse ao Estado. O único secretário que já acertou sua saída é Ricardo Leme, de Negócios Jurídicos, que precisa ser reincorporado ao Ministério Público para não perder uma promoção. Kassab ainda não pensou no sucessor, mas é certo que não será Rodrigo Pinho, como se especulou.

Os ocupantes das principais secretarias estão confirmados para a segunda gestão: Clóvis Carvalho, Secretaria de Governo; Manuelito Magalhães Júnior, Planejamento; Januário Montone, Saúde; Alexandre Schneider, Educação; Alexandre de Moraes, Transportes; Eduardo Jorge, Verde e Meio Ambiente; Dimas Ramalho Serviços; Orlando de Almeida, Habitação; Walter Aluisio Rodrigues, Finanças; Marcelo Branco, Infra-Estrutura Urbana e Obras; Ricardo Montoro, Participação e Parceria; Alfredo Cotait, Relações Internacionais; Marcos Sinval, Comunicação; e Leão Serva, coordenador de Imprensa.

Walter Feldman continuará na equipe e será forte, na Secretaria de Esportes ou em outro posto. Carlos Augusto Calil, da Cultura, depende da confirmação de seu nome pelo partido que representa, o PPS. O presidente municipal do PPS, Carlos Fernandes, disse que o partido referendará Calil. Afora isso, resta a Kassab confirmar um pequeno número de secretarias de importância administrativa - como a de Gestão e a de Desburocratização - ou setorial - como a de Trabalho ou de Pessoas com Deficiências.

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