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É melhor aguardar outra oportunidade. Não foi na última sexta-feira, em Florianópolis, que o governador Roberto Requião encontrou ambiente para mostrar-se líder do grupo formado pelos sete governadores eleitos pelo PMDB e, portanto, candidato natural do partido à sucessão de Lula em 2010, como pretendia.

Durante a semana passada, porta-vozes do Palácio Iguaçu cantavam alvíssaras diante da possibilidade de que Requião voltasse consagrado pela preferência dos colegas. Convocado pelo governador de Santa Catarina, o encontro, com a presença do presidente nacional do PMDB, Michel Temer, serviria para fixar posição em relação ao governo Lula. A megalomania reinante em alguns gabinetes da província chegou a imaginar que a ocasião seria boa para o lançamento da candidatura.

A idéia, no entanto, começou a fazer água antes mesmo do início do encontro. Quatro dos governadores decidiram não comparecer. Foram a Florianópolis apenas três – o anfitrião, Luiz Henrique da Silveira, André Pucinelli (MS) e Requião. Diante da falta de presenças expressivas, o plano teve de ser recolhido.

A participação do governador do Paraná limitou-se a críticas aos ausentes e a assinar com os dois colegas uma nota em que manifestam "o desejo de que o PMDB dê suporte à governabilidade baseada na retomada do desenvolvimento" – uma platitude que não vale uma diária no resort Costão do Santinho, onde se realizou o encontro.

O presidente Lula não deu a mínima. Preferiu negociar um governo de coalizão com os líderes que, para o bem ou para o mal, contam dentro do PMDB: os senadores Renan Calheiros e José Sarney. Só na quarta-feira receberá Temer para saber o que falaram os três cavalheiros solitários em Florianópolis.

Olho vivo

Cartórios 1 – Silenciosamente, como convém em assuntos desse gênero, entrou em vigor no dia seis de setembro a Lei Estadual 15.246, confirmando a criação de mais quatro cartórios de registro de imóveis em Curitiba e alterando as delimitações dos atuais. De nove, a cidade passa a ter 13 serventias da especialidade. Quem assinou a lei foi o deputado (e cartorário em Andirá) Hermas Brandão já nos primeiros dias de sua interinidade como governador do estado, substituindo o então licenciado titular, Roberto Requião.

Cartórios 2 – O Secovi/PR (Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná) não gostou. Na sua opinião, a criação de mais quatro serventias, além de não assegurar a melhoria dos serviços, vai apenas adicionar despesas nas operações de compra e venda de imóveis.

Cartórios 3 – O sindicato estranha, também, a nova divisão geográfica na cidade para definir a alteração das áreas de abrangência de cada um dos 13 cartórios. Um deles, por exemplo, ficou quase exclusivamente no bairro do Batel, zona nobre e mais valorizada da cidade. E há o caso de um cartório que, a despeito do acréscimo de concorrentes, teve sua abrangência aumentada em cerca de 60%. Coisas bem estranhas.

Votação – Se o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) já andava alegre com o fato de ter obtido a maior votação do Paraná (210.674 votos), ficou ainda mais satisfeito quando se deu conta, nesta semana, que, proporcionalmente, está entre os primeiros mais votados do país. Em números absolutos, quem ganha é Paulo Maluf (PP/SP), com 739.827. Considerando, porém, que o eleitorado de São Paulo (28 milhões) é quatro vezes maior do que o paranaense (7 milhões), a votação de Fruet foi maior do que a do campeão Maluf. A comparação, no entanto, o tucano faz questão de frisar, pára por aí.

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