Lei Seca pega Índio

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O candidato à vice-presidência da República na chapa de José Serra nas eleições de 2010, o empresário Índio da Costa (foto), foi parado em uma blitz da Lei Seca no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na madrugada de ontem. Ele teve a carteira de motorista apreendida ao se recusar a fazer o teste do bafômetro. Se­­gundo a assessoria de imprensa do governo do Rio de Janeiro, o veículo, uma Hilux, só foi liberado depois que o presidente regional do PSD – partido ao qual Índio aderiu recentemente, ao deixar o DEM – apresentou um condutor habilitado, que dirigiu o veículo para ele. Mais tarde, em seu Twitter, Índio disse que se recusou a fazer o teste porque teria bebido vinho durante o almoço. "Bebi um vinho no almoço e não sei a duração do efeito para o bafômetro. Preferi não soprar." Mesmo tendo a habilitação apreendida, o político parabenizou a competência e seriedade com que o governo do Rio tem feito as operações da Lei Se­­ca. Em abril, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) passou pela mesma situação, no mesmo lo­­cal. Ele também não fez o teste e sua carteira de mo­­torista, que es­­tava vencida, foi apreendida.

O número

7 mil eleitores de Curitiba, aproximadamente, fizeram o recadastramento biométrico ontem, na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que funcionou em caráter de plantão. O número de pessoas atendidas foi recorde desde o início dos trabalhos, em 24 de março. O recadastramento é obrigatório para quem tem título na capital paranaense. O TRE funcionará normalmente hoje. Amanhã, estará aberto em caráter excepcional. Mais informações no link http://migre.me/56LjJ.

Desentendido

Em entrevista na quarta-feira à rádio CBN o governador Beto Richa se fez de desentendido ao ouvir o apelido dado pela imprensa às novas pastas da Infraestrutura e Logística e da Família e Desenvolvimento Social: "Quais ‘supersecretarias’?" indagou o tucano. Após o esclarecimento do repórter, Richa justificou a nomeação da esposa e do irmão como titulares das pastas em razão da competência de ambos.

PSD na mira

O PT de São Paulo protocolou na quarta-feira o pedido de uma CPI na Câmara Municipal para investigar se a estrutura da prefeitura paulistana está sendo usada para ajudar na criação do PSD, novo partido do prefeito Gilberto Kassab. O PT já conseguiu a assinatura de 18 vereadores de um total de 55. Mas, como já há duas CPIs em andamento, a terceira só pode ser criada se houver pelo menos 28 assinaturas. Isso atrapalha a intenção do PT, pois Kassab tem maioria na Casa.

Morte de PC faz 15 anos

Quinze anos se passaram e a morte do empresário Paulo César Farias – ex-tesoureiro do então presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) –, continua impune e cercada de mistérios. PC foi encontrado morto ao lado da namorada Suzana Marcolino em 23 de junho de 1996. Na época, ele estava em liberdade condicional e figurava com réu em inúmeros processos. Os quatro seguranças que trabalhavam foram indiciados, e podem ir a julgamento em breve. Eles apontaram o então deputado federal Augusto Farias, irmão de PC, como o autor intelectual do duplo homicídio. Farias nega, e não foi indiciado porque na época contava com foro privilegiado.

Pinga-fogo

"Resista, presidente, a essa corrupção que invade, ao longo da história, o nosso país. Não aceite indicações que não tenham o lastro da ética. Que interesses reais movem as suas indicações? O bem coletivo ou o interesse individual de pequenos grupos?"

Do senador Pedro Simon (PMDB-RS), em discurso na tribuna do Senado, na quarta-feira. Ele pediu para a presidente Dilma Rousseff (PT) não ceder à chantagem por postos no governo, mas não citou diretamente o próprio partido, um dos que mais atuantes nessa prática.