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Revisor do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski, evitou nesta erça-feira (28) avaliar a divergência do julgamento em relação às denúncias contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e disse que "cada cabeça é uma sentença". O ministro, no entanto, alfinetou o relator do caso, Joaquim Barbosa, ao sustentar que não é "usual" fazer intervenções nos votos de colegas. "O ministro Joaquim Barbosa proferiu um voto denso e profundo, e acho normal que ele queira defender o ponto de vista dele. Não é usual, mas é legítimo que alguém defenda o seu ponto de vista", afirmou.

Questionado se ficou surpreso com o posicionamento de alguns colegas sobre o caso do petista, Lewandowski desconversou. "Cada cabeça uma sentença, diz o provérbio popular. Cada um tem um modo particular de examinar o julgo probatório e tem de ser respeitado. O resultado vai ser um somatório de forças no plenário", disse.

Até agora, quatro ministros votaram pela condenação de João Paulo por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Outros dois pela absolvição. Ele é acusado de receber R$ 50 mil do valerioduto para favorecer a empresa do publicitário Marcos Valério em contratos com a Câmara.

Para o revisor, o próximo debate do julgamento será avaliação sobre gestão fraudulenta. "É um tema ainda pouco abordado no Supremo. A Justiça Federal é que tem trabalhado um pouco mais com essas questões. Mas essa matéria ainda não chegou a nós e não está completamente madura. Vai ser um debate que vamos travar e que firmará jurisprudência", disse.

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