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No primeiro evento em que participou como presidente eleito do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski defendeu a melhor remuneração dos juízes do país. Ao destacar os desafios da profissão em evento organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Lewandowski afirmou que há atualmente uma "defasagem muito grande dada a espiral inflacionária". O ministro saiu aplaudido por uma plateia de juízes que participavam de evento sobre justiça restaurativa.

Ao deixar o local, o ministro afirmou que durante sua gestão à frente do Supremo pretende facilitar e permitir que os juízes tenham "todas as condições de melhorar a prestação jurisdicional". "Seja do ponto de vista de equipamento, do ponto de vista humano e também, por que não, uma remuneração condigna", completou. O ministro foi eleito ontem pelos colegas para assumir a presidência do STF. A posse deve ocorrer no início de setembro. Lewandowski é também o presidente eleito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O presidente da AMB, João Ricardo Costa, disse acreditar em uma relação "republicana" com o atual presidente da Corte. A expectativa é de que as relações melhorem, na comparação com a gestão de Joaquim Barbosa, que era acusado de assumir postura "isolacionista".

Lewandowski voltou a defender uma gestão pautada pelo diálogo entre o Judiciário e os demais poderes, associações e sociedade em geral. O maior desafio à frente do STF, reiterou ele, será dar vazão rápida aos julgamentos de recursos extraordinários com repercussão geral – cerca de 600 atualmente.

O ministro defendeu também uma mudança na mentalidade dos magistrados. "É preciso mudar a cultura da magistratura, parar com essa mentalidade de que todos os problemas sociais serão resolvidos mediante ajuizamento de processo", disse.

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