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Em fevereiro deste ano, a população da pequena Rebouças, no Centro-sul do estado, assistiu à cassação do mandato do prefeito José Amilton Massoqueto (PMDB), pela Câmara Municipal, por sete votos a dois. Assumiu o cargo o vice, Antônio Padilha (PMDB).

A investigação durou cerca de seis meses e culminou no pedido de cassação após comprovação de denúncias de superfaturamento e dispensa de licitação. O presidente da Câmara, Fábio Marcelo Chiqueto (PV), afirma que o procedimento foi embasado em argumentos técnicos. "Depois da cassação nós ainda recebemos documentos sobre os depósitos irregulares de empresas nas contas particulares do ex-prefeito. Não houve perseguição política", disse Chiqueto.

A investigação dos vereadores teve início depois de uma denúncia do próprio ex-prefeito numa rádio local afirmando que havia desvios administrativos por parte de um de seus secretários. Massoqueto espera a decisão sobre um mandado de segurança em trâmite no Tribunal de Justiça do Paraná, pedindo seu retorno à cadeira.

Em Jaguariaíva, nos Campos Gerais, o prefeito Paulo Homero Nanni (PSDB) enfrenta processos investigativos no Ministério Público (MP) por denúncias de licitações irregulares. Através de pedidos do MP ele já foi afastado dez vezes do cargo, mas em todas as ocasiões, foi reconduzido ao posto de prefeito pelo Tribunal de Justiça. "Para ser sincero já perdi as contas de quantas vezes fui afastado e voltei, mas agora estou na prefeitura desde o dia 4 de abril", diz Nanni.

A Câmara Municipal, baseada nas mesmas denúncias apuradas pelo MP, instaurou Comissão Parlamentar Processante. Porém, dois dos três integrantes pediram a paralisação da investigação. O arquivamento foi aprovado na quarta-feira passada, por cinco votos a três, por falta de provas. Conforme o presidente da Câmara, Fábio Benato (sem partido), a comissão, se prosperasse, poderia acabar no pedido de cassação do prefeito.

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