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O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP), questionou nesta quinta-feira o Conselho Administrativo de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) sobre a existência de transações suspeitas por parte do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e pela empresa de consultoria P-21, na qual o ministro atuou.

Pimentel tem sido alvo de suspeitas em torno dos rendimentos obtidos por ele entre 2009 e 2010 - período após sua saída da prefeitura de Belo Horizonte e posse no ministério - por meio de serviços de consultoria prestados através da P-21.

Na quarta-feira, Nogueira e o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), protocolaram junto ao Ministério Público Federal do Distrito Federal e à Comissão de Ética Pública, órgão vinculado à Presidência da República, representações para que o ministro seja investigado.

A oposição também havia tentado levar o ministro para prestar esclarecimentos a uma comissão da Câmara, mas o requerimento, proposto por Nogueira, foi rejeitado.

"No ofício, o líder questiona se há no Coaf registro de ocorrências suspeitas, atípicas ou investigações em andamento relativas às transações bancárias efetuadas, nos anos de 2009 e 2010, por Pimentel ou pela P-21", afirma nota publicada no site do líder tucano.

Desde junho, sete ministros deixaram o governo da presidente Dilma Rousseff, seis deles atingidos por denúncias de irregularidades. O primeiro a cair foi Antonio Palocci (Casa Civil), que deixou o cargo após suspeitas levantadas por conta de seu expressivo aumento patrimonial obtido com a prestação de serviços de consultoria.

Também nesta quinta, entretanto, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), saiu em defesa de Pimentel e acusou a oposição de tentar criar um fato político ao tentar levar o ministro ao Congresso para prestar esclarecimentos.

"Pimentel exerceu uma atividade privada, sem dinheiro público e sem tráfico de influência. Não tem por que ele cair", disse o líder governista, de acordo com a Agência Câmara.

Pimentel é um dos ministros mais próximos a Dilma, a quem conhece desde os tempos de militância contra o regime militar.

Além de Palocci, também deixaram o governo em meio a denúncias de irregularidades Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte) e Carlos Lupi (Trabalho).

Nelson Jobim (Defesa), deixou o cargo após publicação de entrevista em que teria feito críticas a colegas de governo.

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