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O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse nesta quarta-feira (17) que considera "transitória" a decisão das bancadas do PR na Câmara e no Senado de deixarem a base de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff. Ele prevê que "logo que a poeira baixar", o partido retornará ao bloco de sustentação do governo.

O líder tem como certo que o PR não se aliará à oposição em nenhuma das Casas do Congresso. "Naturalmente, nós sentimos a saída do PR de nossa base de apoio, mas entendemos, até pelo conteúdo dessa saída, que isso não significa um rompimento e a ida do PR para a oposição", afirmou.

Sobre os mecanismos de reaproximação, Costa acredita que o movimento se dará por intermédio de "um canal de diálogo permanente", em prazo não muito distante. "Acho que esse afastamento é uma coisa transitória e acredito que, por meio do diálogo, é possível ter uma recomposição num prazo que não seja tão longo", destacou.

O senador petista acredita que a "disposição" da presidente Dilma e as "conversas" com outros aliados do Planalto vão embasar a reaproximação com os parlamentares do PR. "Isso vai depender da disposição da presidente Dilma, vai depender das conversas que nós estamos fazendo. É necessário haver um tempo para que a poeira baixe um pouco, mas eu sou otimista quanto à recomposição da base de sustentação", concluiu.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não quis comentar a decisão do PR de anunciar que entregará os cargos e que manterá uma posição de independência. "Eu já tenho muitos problemas com o PMDB. Não vou falar sobre outros partidos", desconversou.

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