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O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), lamentou nesta segunda-feira (12) as penas fixadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o ex-ministro José Dirceu e para o ex-deputado José Genoino, no julgamento do mensalão. Para Jilmar Tatto, foi uma "condenação política". "Foi cometida uma grande injustiça com esses dois companheiros. Tem que se respeitar a decisão do Supremo, mas recebo esta decisão com indignação e muita dor, porque eles foram injustiçados. Foi uma condenação política. Mas o Supremo também erra, as instituições erram, errou no caso da Olga Benário (com os nazistas)", disse o líder do PT.

Sobre Dirceu, que ganhou quase 11 anos de prisão em regime fechado, Tatto lembrou que ele lutou contra a ditadura militar. "Dirceu lutou sempre pela liberdade, pela democracia e contra a ditadura e está passando por isso. E o Genoino não tem um centavo, só quem não o conhece pode achar que ele quis comprar um deputado para votar", disse Tatto.

Defesa

Luiz Fernando Pacheco, advogado de defesa do ex-deputado José Genoino, disse que a pena aplicada nesta segunda-feira pelo STF a seu cliente é injusta e que sua condenação "contraria toda a prova dos autos". Segundo o advogado, Genoino discorda "firme e energicamente" da decisão e continuará tentando provar inocência junto à Corte, mas o advogado não dá detalhes sobre qualquer tentativa de ingressar com recurso, a curto, médio ou longo prazo.

"A aplicação da pena é apenas a decorrência maior da injustiça já antes perpetrada. Sua condenação contraria toda a prova dos autos. Irresignado, o acusado viverá até o fim de seus dias. E isso quer dizer que continuará batalhando junto ao Supremo a causa de sua inocência. Condenação sem o mínimo indício de prova merece reparação seja quando for, onde for e de quem for", diz parte da nota assinada pelo advogado.

Nela, Pacheco ainda enaltece a figura e política e pessoal de Genoino. Diz que se trata de homem público reconhecido pela ética e moralidade, além de "exemplo de bom servidor, de pai, de marido e de avô". O advogado ainda lembrou da relação com os companheiros. "Exemplo de amigo, de companheiro de seus companheiros, de fraterno porém corajoso lutador, que não esmorece e nem esmorecerá jamais diante de qualquer que seja a adversidade".

Sem qualquer declaração de Genoino, a nota ainda enaltece sua trajetória política. Diz que seu cliente atuou na guerrilha, foi preso e torturado. " (Genoino) não se imperssiona com a condenação de agora". Por fim, o advogado diz que terá paciência é se submeterá à decisão do STF, mas ressaltou: "Subserviência, jamais!".

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