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Pelas articulações dos autores da proposta de instalação de uma CPI mista para investigar a participação de parlamentares na quadrilha das ambulâncias, protocolada nesta quinta-feira na presidência do Senado, os nomes já cotados para presidir e relatar a comissão seriam o senador Jefferson Péres (PDT-AM) e o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ).

Apesar do nome de Biscaia ter sido lembrado pelo próprio deputado Raul Jungmann (PPS-PE), um dos deputados que coordenaram a coleta de assinaturas, o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), desaconselhou a bancada a apoiar a criação da CPI.

- Isso é mais um factóide em ano eleitoral. A PF e o Ministério Público já estão apurando e vão chegar a uma conclusão satisfatória - disse Fontana.

- Mas a PF não pode investigar parlamentares, por isso a necessidade da CPI - rebateu Jungmann.

O requerimento para instalação da CPI tem 229 assinaturas de deputados e 31 senadores. Mesmo com a possibilidade de haver assinaturas repetidas, o número de apoios conseguido pelo PV, PSOL e PPS ultrapassa o mínimo exigido de 171 deputados e 27 senadores. Cabe agora ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidir se instala ou não a CPI, se considerar que há fato determinado.

Como as investigações da Polícia Federal, Ministério Público e Corregedoria já mostram indícios concretos de pagamento de propina a parlamentares na liberação de emendas para compra de ambulâncias superfaturadas, o líder do PV, Fernando Gabeira (RJ), avisa que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para exigir a criação da CPI, já que os fatos estão mais que explícitos, na opinião dele.

- Não importa se não há clima ou vontade política para fazer a CPI funcionar. Temos a lei do nosso lado e vamos ao STF para fazê-la funcionar, se for o caso - disse Gabeira.

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