Líder do PT diz que partido deve apoiar "candidato oficial do PMDB" à Presidência do Senado

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O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse nesta quinta-feira (29) que o partido deverá apoiar o candidato oficial a ser escolhido pelo PMDB, devido ao princípio da proporcionalidade de distribuição dos cargos dentro do Senado.

Dividido internamente entre votar no presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ou no candidato dissidente Luiz Henrique, o PT terá uma primeira reunião às 11h30 desta sexta-feira. E, se necessário, outra no sábado. Pressionado a definir seu candidato oficial, o PMDB antecipou de sábado para sexta-feira a reunião da bancada. O próprio PT vinha pedindo ao aliado que a data fosse alterada.

A antecipação foi acertada entre Renan e os aliados Romero Jucá (PMDB-RR) e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). Renan, em todos os telefonemas, tem pedido respeito à proporcionalidade.

— A tendência nossa é apoiar o nome oficial do PMDB. É a questão da proporcionalidade como princípio. E esperamos que respeitem, dentro da proporcionalidade, nosso direito de indicar o primeiro vice-presidente da Casa — disse Humberto Costa, num recado ao próprio PMDB, que tinha interesse no cargo.

Já o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-ES) comunicou ao PSB que retirou, definitivamente, o nome das discussões. Valadares teve seu nome lembrado pelo senador João Caipiberibe (PSB-AP), mas não foi oficializado pelo PSB. O partido disse que vai decidir nesta sexta-feira seu posicionamento, mas a líder, senadora Lídice da Mata (BA), já se reuniu com Luiz Henrique.

— Diante do quadro, retiro minha candidatura. Não há mais necessidade de uma anticandidatura, e, como regimentalista, o nome deve ser do PMDB — disse Valadares AO GLOBO.

Valadares irritou Renan ao batizá-lo de "candidato em off", por fazer campanha apenas nos bastidores.

No PMDB, segundo integrantes da cúpula do partido, a antecipação da reunião da bancada foi decidida na quarta-feira (28). Apesar da crise aberta pelo lançamento da candidatura dissidente do senador Luiz Henrique, o grupo de Renan está fechado e acredita numa ampla vitória nesta sexta-feira.

O movimento ocorre porque Luiz Henrique anunciou que oficializaria nesta sexta sua candidatura.