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Votação estratégica

Líder governista admite troca na CCJ para votar CPMF

Mudança pode resultar na troca de Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Ideli Salvatti (PT-SC) afirma que buscará entendimento até a última hora

A líder do bloco do governo (PT, PSB, PP, PCdoB, PR, PRB e PDT), Ideli Salvatti (PT-SC), admitiu nesta sexta-feira (9) que poderá retirar da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) para garantir a aprovação da CPMF. "É uma votação estratégica. Eu espero não precisar fazer isso. Mas não podemos ficar refém de uma posição", admitiu.

A petista terá uma conversa decisiva com Mozarildo Cavalcanti na segunda-feira (12). Após o encontro, caso o parlamentar mantenha a posição contrária à aprovação da prorrogação da CPMF até 2011, Ideli deve apresentar requerimento à Mesa Diretora para trocar Mozarildo pelo senador Romeu Tuma (PTB-SP) ou pelo senador César Borges (PR-BA).

Ambos já manifestaram interesse em retornar à comissão. No entanto, as chances de Tuma são maiores, já que o mesmo pedido está sendo feito pelo líder da bancada, senador Epitácio Cafeteira (PTB-PB).

Sem espaço

Mas o senador Mozarildo Cavalcanti praticamente inviabilizou o espaço para uma negociação com o governo com o objetivo de votar favoravelmente à prorrogação da CPMF até 2011. "Só aceito se o governo prorrogar a CPMF por mais um ano e depois acabe com ela para fazer uma reforma tributária", afirmou.

A proposta dele é descartada pelo Palácio do Planalto. No início das negociações entre o PSDB e o governo, os tucanos apresentaram proposta no mesmo sentido à equipe econômica, que foi rechaçada imediatamente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O governo acena apenas com uma redução da atual alíquota que incide sobre as movimentações financeiras. Na idéia do governo, a CPMF passaria de 0,38% para 0,36%, em 2008. "Não mudo de posição. Até a votação do plenário, o governo pode ceder", avalia Cavalcanti.

Expulsão

O petebista admite que existem rumores para expulsá-lo da Comissão de Constituição e Justiça para que a vaga seja ocupada por um parlamentar alinhado com o governo.

"Sei dos rumores. Mas ninguém chegou com esta informação. Vamos conversar na segunda-feira", disse o petebista.

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