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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), pré-candidato ao governo do Estado do Rio nas eleições do ano que vem, comemorou a possível decisão do PT de deixar o governo do PMDB ainda este ano. A expectativa é que no dia 30 de novembro os dois secretários da legenda deixem seus cargos na administração de Sérgio Cabral (PMDB).

Atualmente, Carlos Minc (Ambiente) e Zaqueu Teixeira (Direitos Humanos) são os secretários petistas na administração estadual.

"Finalmente [o PT vai deixar o governo no Rio]. A saída é uma reafirmação da nossa candidatura. Nós estamos nessa batalha há mais de um ano. Nós conseguimos definir isso com o partido nacionalmente e estadualmente. Eu encaro como uma vitória política de reafirmação da nossa campanha", disse o senador.

"Digamos que o debate da gente era mais esse: representantes do PMDB diziam que a gente poderia ou não ter candidatura. E finalmente a candidatura se consolidou e acho que as manifestações ajudaram também", acrescentou.

O pré-candidato disse não se incomodar com um possível palanque duplo de Dilma Rousseff no Rio. Aliado de primeira hora do governo federal na campanha de Dilma à presidência, Cabral terá apoio da presidente na campanha de seu atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão, para o governo do Estado.

O senador não adiantou quais partidos poderão fazer parte de sua base de apoio. Garantiu, contudo, que tem tido conversas com legendas de esquerda e também de centro. Para ele, com a queda de Cabral nas pesquisas, o PT sai na frente na formação de alianças.

Lindbergh evitou fazer comentários quanto aos rumores de que Cabral seria convidado para assumir uma possível vaga em um ministério caso Dilma seja reeleita. "Eu não estou sabendo de nada. Fiquei sabendo dessa informação pelos jornais."

Lindbergh conversou com jornalistas depois de palestrar em um café da manhã promovido pela agência de notícias espanhola EFE, no Rio, para empresários espanhóis e jornalistas estrangeiros.

Críticas

O senador evitou criticar abertamente a administração pemedebista no Rio. Mas ele reclamou do fato de a linha 4 do metrô - que ligará Ipanema à Barra (dois bairros nobres) - está mais adiantada que a linha 3, que ligará o centro a São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio.

"Por que que no Leblon há um policial para cada 150 habitantes enquanto na baixada fluminense essa relação é de um para 1.500? Eu acredito em um Estado mais igualitário", disse.

Outra crítica explícita foi com relação à lei que proíbe máscaras nos protestos de rua no Rio. Ele se disse contrário à lei, mas defendeu uma tomada de atitude contra quem depreda patrimônios públicos e privados. O comentário teve espaço inclusive para uma referência a Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, que não proibiu mascarados nos protestos.

"A posição do PT na assembleia [legislativa do Rio] foi muito clara: tem que ter uma posição contra quem depreda. Esse que é o problema. Tem um sentimento na sociedade de ordem, mas não é proibindo máscara que se faz isso. Nesse sentido, o Alckmin foi muito claro. Ele disse: quem quebrar vai ser preso. Isso é muito melhor do que está acontecendo aqui."

Romário

Em tom de brincadeira, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), pré-candidato ao governo do Estado do Rio nas eleições de 2014, disse estar buscando o apoio do deputado federal Romário de Souza Faria (sem partido) no pleito.

Ele deixou em aberto que tipo de apoio poderia ser esse - se seria no âmbito parlamentar ou executivo, com o ex-jogador se candidatando a seu vice. Ele disse que já teve conversas com o deputado, mas o apoio não é certo.

"O Romário é a grande noiva dessas eleições. Todo mundo está cortejando Romário. Ele é um deputado muito bem avaliado e daria força à qualquer candidatura."

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