Livros de cabeceira dos candidatos

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Você sabe o que o prefeito Beto Richa (PSDB) e o candidato à prefeitura de Curitiba pelo PV, Maurício Furtado, têm em comum? Ou Fabio Camargo (PTB) e Carlos Moreira (PMDB)? A resposta é a leitura. O livro mais recente lido por Richa e Furtado é O Código da Vida, do jurista e ex-ministro da Justiça Saulo Ramos. Já Camargo e Moreira partilham o gosto pelas obras do "mago" Paulo Coelho.

Apesar de todos os oito concorrentes à prefeitura terem seus autores de literatura preferidos, neste ano eleitoral os livros de cabeceira deles têm sido em geral as obras relacionadas à política, como é o caso de O Código da Vida. "(O livro) traz os bastidores do poder. Sempre se aprende lendo relatos de pessoas ilustres", afirma Beto Richa. O prefeito recentemente também começou a ler A Cabeça do Eleitor, obra do sociólogo Alberto Almeida, que conta como vencer uma eleição.

Alberto Almeida também foi um dos autores lido por Moreira. Mas o livro foi outro: A Cabeça do Brasileiro – que mostra a importância da educação para a melhoria do comportamento ético. Atualmente, com a campanha a pleno vapor, ele diz não ter tido muito tempo para a leitura. O último livro que terminou foi Cem Anos de Solidão.

A candidata do PT, Gleisi Hoffmann, está lendo Cidades para um Pequeno Planeta. O livro trata de políticas públicas e planejamento de cidades. Gleisi conta que uma das cidades citadas é Curitiba e que no livro há referências ao modelo desenvolvido por Jaime Lerner na área do transportes coletivo e dos parques. Ela ainda diz que uma obra que marcou sua vida foi As Veias Abertas da América Latina, do uruguaio Eduardo Galeano, no qual o autor analisa os ciclos de subdesenvolvimento dos países latino-americanos.

Ricardo Gomyde (PCdoB) está debruçado sobre Os Senhores da Guerra, que conta os desafios de Hitler, Stalin, Roosevelt e Churchill durante a 2ª Guerra Mundial. O livro e cabeceira de Lauro Rodrigues (PTdoB) é Os Melhores Discursos de Winston Churchill. Ele também tem reservado um tempo para terminar a História Política do Paraná, do jornalista Pedro Washington.

Já o candidato Fabio Camargo (PTB) não está lendo neste momento nada relacionado diretamente à política. Mas o livro Xeque-Mate pode ajudá-lo no período eleitoral. "Não é especificamente auto-ajuda, mas mostra o quanto é importante o pensamento positivo e como se pode alcançar os objetivos", afirma Camargo. Bruno Meirinho (PSol), embora não esteja lendo nada neste momento, recentemente leu um livro de poemas. Ele ainda diz que autores socialistas – como Friedrich Engels – fazem parte de seu dia-a-dia.