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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou nesta sexta-feira o afastamento de doze funcionários do ministério por suspeita de irregularidades no setor de informática. O ministro disse que exonerou dois funcionários comissionados e afastou um servidor de carreira, além de oito funcionários terceirizados da empresa Politec, no fim do ano passado. Nesta semana, o secretário-executivo, Alencar Ferreira, também pediu demissão. Eles são acusados de tentar obter vantagens pessoais da Cobra, empresa do Banco do Brasil contratada em setembro de 2004 para desenvolver um sistema de informática para o programa Primeiro Emprego.

Segundo Marinho, os funcionários estariam dificultando o acesso da empresa às informações necessários para desenvolvimento do programa em troca de vantagens pessoais. O ministro não quis dar detalhes do esquema alegando que as investigações correm em sigilo e afirmou que decidiu tornar público o assunto depois que tomou conhecimento de que a revista "Istoé" teve acesso a informações da sindicância interna. Luiz Marinho contou que a denúncia chegou ao ministério em agosto, um mês depois que ele assumiu a pasta, e determinou que fosse aberta sindicância para apurar o caso.

As primeiras investigações, porém, apontaram que Alencar Ferreira, que é funcionário de carreira do Banco do Brasil, estaria envolvido no esquema. Segundo Marinho, embora já tivesse manifestado interesse em deixar o ministério, as denúncias de irregularidades apressaram a decisão de Ferreira, que pediu exoneração nesta semana, depois de saber que a revista "Istoé" deste fim de semana trará as denúncias. Ferreira foi levado para a pasta pelo ex-ministro Ricardo Berzoini. Marinho disse ainda que a Procuradoria-Geral da República e a Controladoria Geral da União (CGU) já foram informadas das denúncias.

- Há indícios de irregularidades, mas precisamos aprofundar as investigações - afirmou o ministro.

Os funcionários que ocupavam cargos comissionados e que foram demitidos são Sebastião Ubirajara de Brito, coordenador-geral de Informática; Monique da Rocha Brandão, coordenadora administrativa; e o servidor de carreira Waldomiro Antonio Pinheiro. O ministro acredita que tanto a Cobra quanto a Politec sejam vítimas nesse processo.

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