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A evolução | Reprodução/G1
A evolução| Foto: Reprodução/G1

Dirigentes não comentam escolha de Stephanes

Somente após a confirmação oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ocorrer nesta quarta-feira (21), de que o deputado federal paranaense Reinhold Stephanes (PMDB) será o novo ministro da Agricultura, é que dirigentes ligados ao setor no Paraná vão emitir opiniões a respeito da escolha. Leia matéria completa

A escolha do deputado paranaense Reinhold Stephanes (PMDB-PR) para o Ministério da Agricultura está definida desde esta segunda-feira (19). Só resta o anúncio oficial a ser feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas horas. É o que garante uma fonte próxima ao futuro ministro e ao governador Roberto Requião.

A decisão sobre quem será o novo ministro foi tomada durante a reunião de representantes do PMDB, encabeçada pelo presidente do partido, Michel Temer, com o próprio presidente Lula. Depois da apreciação da lista de seis nomes, o martelo foi batido. A espera de mais um dia foi uma estratégia preventiva do presidente depois do que aconteceu com a indicação pemedebista anterior. O também deputado Odílio Balbinotti, foi obrigado a refugar o cargo depois de ter sido revelado que ele respondia processo judicial, acusado de usar laranjas para conseguir empréstimos bancários, como revelou o jornal "O Globo".

Para evitar novo desgaste, Lula decidiu "depurar" o novo indicado. A estratégia foi ao mesmo tempo vazar o nome e não anunciá-lo oficialmente, à espera da repercussão. Como não houve reação nitidamente negativa ao deputado Stephanes, o caminho está livre para o anúncio.

O nome de Stephanes também atende a vários desejos do presidente. O indicado é do PMDB, tem um perfil mais técnico e conta com a aprovação dos governadores Roberto Requião e Blairo Maggi a quem devia favores eleitorais. Além disso, não tem obstrução nem da bancada ruralista, nem do PT, já que é aceito também pelos petistas paranaenses, com quem tem um convívio, se não totalmente amistoso, pelo menos pacífico.

Outro ponto a favor, é que Stephanes passou por vários cargos federais e ministérios, sob a gestão de presidentes diferentes e não coleciona acusações de desvios de verbas ou má gerência. É discreto em suas ações e afável no tratamento com políticos e com a imprensa.

Esse comportamento discreto deve fazer com que o deputado, mesmo depois de confirmado como ministro se recuse nos primeiros dias a fazer apreciações, fornecer dados, informações ou apontar as diretrizes de sua gestão à frente do Ministério da Agricultura. Isso ele só deve fazer depois de montar a sua equipe e consultar especialistas e técnicos de dentro do próprio ministério.

Assuntos mais espinhosos devem demorar ainda mais para merecerem um posicionamento oficial e entre esses estão o corte de orçamento sob o governo Lula; o cultivo de organismos geneticamente modificados (tão combatido pelo seu "padrinho" o governador Roberto Requião; preocupações fitosanitárias para combate de doenças como a aftosa; a já anunciada explosão do plantio da cana e seu conseqüente efeito no meio ambiente e na diminuição de outras culturas. Esses assuntos, segundo fonte próxima a ele, são considerados os mais delicados pelo novo ministro na sua nova função.

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