• Carregando...

Líderes partidários que participaram da reunião do conselho político do governo, nesta quinta-feira, disseram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o nome do técnico Márcio Zimmermann para o cargo de ministro de Minas e Energia. O cargo está vago desde a demissão de Silas Rondeau, acusado pela Polícia Federal de receber propina de R$ 100 mil da empreiteira Gautama. A informação de que o atual secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do ministério seria o novo titular da pasta foi antecipada na tarde desta quarta-feira no Blog do Ilimar .

A indicação de Zimmermann foi decidida durante reunião na manhã de quarta-feira na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da qual participaram o senador José Sarney (PMDB-AP) e Rondeau, que avaliou os quadros técnicos do ministério e deu as informações para os dois políticos. Silas conhece Zimmermann porque ambos ocuparam vários cargos no setor elétrico nos últimos 20 anos. A cúpula do PMDB do Senado fez essa opção para dividir responsabilidades e tirar de seus ombros o peso de especulações e boatos que acompanhariam qualquer indicação política. Embora seja uma indicação do PMDB, ele é ligado à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, titular das Minas e Energia antes de Rondeau.

Lula lamenta saída: "Um homem de bem, sem posses"

De acordo com políticos presentes à reunião desta quinta, Lula lamentou a saída de Rondeau e disse que foi "muito duro" tirar o ex-ministro. O presidente teria afirmado ainda que tem consciência de que deixou a pasta "um homem de bem, sem posses e que terá dificuldades em pagar advogados".

Na carta de demissão entregue a Lula, Rondeau reafirma inocência e diz que deixa o governo para se defender das "descabidas e injustas inverdades" feitas contra ele.

Presidente manda apurar possíveis excessos da PF

Convocada para debater a reforma política, a reunião do conselho político do governo foi dominada por discussões sobre a Operação Navalha.

Os dirigentes dos partidos da base a aproveitaram para reclamar ao ministro da Justiça, Tarso Genro, do que classificaram como "excessos" da PF durante suas ações. Segundo relato do ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, os políticos queixaram-se especialmente do vazamento de informações sob segredo de justiça e de prisões sem justificativa. Lula deu apoio à operação, mas disse a Tarso que eventuais excessos devem ser apurados e coibidos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]