O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu aval à decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder refúgio político ao italiano Cesare Battisti. Apesar do mal-estar diplomático, o governo brasileiro não vai rever o parecer que salvou Battisti da extradição.
Tarso conversou com Lula na segunda-feira sobre o assunto e teve dele total apoio. Na prática, o caso provocou mais polêmica fora do que dentro do governo. Embora o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) tenha negado por 3 votos a 2 o pedido de asilo para Battisti, em novembro, a maioria dos auxiliares de Lula sempre foi favorável ao refúgio.
O governo Lula não considera Battisti como terrorista. Para Tarso, "a concepção de terrorismo que existe na doutrina internacional não se confunde com atos de resistência contra o arbítrio, mesmo que sejam atos violentos".
Na avaliação do Palácio do Planalto, o italiano pode não ter tido o direito ao devido processo legal, já que foi condenado à revelia, depois que seu ex-companheiro Pietro Mutti, beneficiado pelo sistema da delação premiada, acusou-o de ter cometido quatro crimes.
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