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Em resposta à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a responsabilidade pelo atraso no processo de reforma tributária do país deve-se à guerra fiscal entre os estados, o governador de São Paulo, Claudio Lembo (PFL), disse nesta quinta-feira que Lula diz apenas "meia verdade" quando faz tal afirmação. Embora tenha reconhecido que a situação é complexa e que os estados têm de fato uma parcela de culpa sobre a má aplicação dos impostos no país, Lembo responsabilizou também a União pelo problema.

- A questão é complexa porque vai alterar os interesses dos municípios, mas particularmente (os interesses) da União. A reforma tributária não interesse à União porque foi a própria União que criou as contribuições e nelas não há participação dos estados. Então o presidente Lula diz meia verdade, como tudo em política, que nunca tem uma verdade plena - disse Lembo, afirmando ainda que o governo tem interesse nas contribuições e não as transferem para os estados.

Num mea culpa, no entanto, Lembo admitiu que os estados promovem um "grande choque" na questão fiscal.

- Existe um grande choque no que se refere aos incentivos fiscais conferidos para alguns estados e não para outros. E esses (que não têm incentivos) obviamente não podem permitir ter um incentivo fiscal extremamente oneroso enquanto o outro (estado) tem benefícios - diz ele.

A "guerra fiscal" se dá principalmente porque alguns estados, que geram maior riqueza, conseguem oferecer uma política de redução de impostos e com isso atraem empresas antes instaladas em outros territórios.

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