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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que a política social de seu governo fez "milagres" ao reduzir a pobreza no Brasil, e atacou os críticos do passado ao programa Bolsa Família.

Lula deu sua leitura para blindagem do país à crise financeira global de 2008: o aumento do consumo das classes D e E. Segundo o presidente, os pobres, que antes ficavam à margem, viraram classe média e agora frequentam o shopping center.

"Esse é um dos milagres que aconteceram neste país", disse Lula em discurso no Itamaraty, proferido por ocasião de evento com países africanos, alfinetando "os que diziam que se desse 100 reais para pobre, ele não ia querer mais trabalhar e ia querer tomar cachaça".

O principal programa de transferência de renda do governo petista, o Bolsa Família, foi alvo de questionamentos em diversos setores da oposição, que acusavam o programa de assistencialista. Para o presidente, essa era uma postura preconceituosa

"A pessoa que tem fome não vira revolucionária, vira submisso, dependente", afirmou.

Em seguida Lula conclamou os dirigentes a colocar o combate à pobreza na agenda de governo, não só na pauta da campanha, condenando uma prática antiga.

"O problema é que, na hora de governar, o pobre sai da agenda e o rico fica", disse. "Quando a gente ganha as eleições, quem tem acesso aos gabinetes dos dirigentes não são os mais pobres, mas os mais ricos", prosseguiu.

Lula recebeu nesta segunda-feira o título de "campeão mundial" no combate à fome e desnutrição infantil. A condecoração foi dada pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, que afirmou que o Bolsa Família inspira famílias brasileiras a terem responsabilidade.

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