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Durante a reunião deste sábado, o Diretório Nacional do PT prestou homenagem ao sociólogo Emir Sader, recentemente condenado pela Justiça por ter ofendido o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC). O sociólogo foi convidado a participar da abertura da reunião do Diretório Nacional como forma de desagravo pela condenção na justiça, que, em primeira instância, decidiu que ele perderá a cátedra na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a pena de um ano de detenção.

O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prestaram solidariedade ao sociólogo durante a abertura da reunião. A condenação foi motivada por um artigo publicado na Agência Carta Maior em 28 de agosto do ano passado. O sociólogo e colunista do site comentava uma manifestação pública do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) segundo a qual ele estaria feliz por se ver livre "dessa raça pelos próximos 30 anos". A "raça" a que se referia o senador era o PT e a esquerda.

A condenação a Sader provocou um abaixo assinado em solidariedade no Brasil e no exterior. Na reunião deste sábado, Marco Aurélio ressaltou a contribuição intelectual e a integridade ética e política de Sader.

- Receba assim, amigo Emir, a nossa solidariedade. Estamos juntos com os milhares de intelectuais e cidadãos que protestaram contra esse ato arbitrário, que faz lembrar os velhos tempos da ditadura militar, à qual serviu com afinco e dedicação o senador pefelista", afirmou o presidente do PT.

Lula, por sua vez, conclamou os cidadãos a não aceitarem a condenação do sociólogo.

- A sociedade brasileira não pode aceitar que um cidadão se dê ao luxo de querer castigar um companheiro que ousou defender sua raça - disse.

Sader agradeceu a solidariedade que recebeu na reunião e em toda sociedade, ressaltando que este sentimento se estende a todos os cidadãos que lutam contra as injustiças e qualquer forma de coação ou espoliação. O sociólogo aproveitou sua intervenção para defender que o 3º Congresso do PT, que ocorrerá no próximo ano, se torne um congresso de idéias.

- Temos a obrigação de construir um ideário pós-neoliberal, uma outra forma de sociabilidade, em contraponto ao modo de vida americano - disse.

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