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O presidente da Agência Espacial Brasileira, Sérgio Gaudenzi, e o da Agência Espacial Russa, Anatoli Perminov, assinaram na manhã desta terça-feira o acordo para o vôo do primeiro astronauta brasileiro ao espaço. O escolhido para a façanha histórica, o tenente-coronel Marcos César Pontes, pôde presenciar a assinatura do contrato, pelo qual esperou por sete anos. Anteriormente, Gaudenzi havia informado que Pontes poderia se ausentar por estar em regime de internato na Cidade das Estrelas, centro de treinamento de cosmonautas russos.

Também estavam presentes à cerimônia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o da Rússia, Vladimir Putin.

Pontes concederá uma entrevista coletiva ainda nesta terça-feira para falar sobre a assinatura do acordo.

Em entrevista ao Globo Online nesta segunda-feira por telefone Gaudenzi contou que o acordo prevê o início do treinamento de Pontes, a viagem (já marcada para o dia 22 de março do próximo ano) e o envio para o espaço de 15 quilos de experimentos brasileiros.

Anteriormente, Pontes havia manifestado o desejo de levar ao espaço a bandeira do Brasil e um chapéu como o usado pelo aviador Santos Dumont, em homenagem ao centenário do primeiro vôo do 14 bis, que será comemorado ano que vem. Gaudenzi, no entanto, não sabe se a vontade do astronauta poderá ser atendida.

- Teremos que ver isso depois, porque os sistemas de vôo são muito rígidos. Mas o vôo em si é uma homenagem a Santos Dumont - defendeu.

Além do contrato de vôo, outros dois acordos serão assinados. O primeiro visa à realização do terceiro estágio de testes do Veículo Lançador de Satélites (VLS), desta vez com combustível líquido, no lugar de sólido como é feito hoje. O outro é para a criação de uma comissão para coordenar o acordo de cooperação entre as agências brasileira e russa. O órgão terá seis integrantes, metade brasileira e metade russa.

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