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São Paulo (Folhapress) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ontem, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", transmitido pela Radiobrás, que o Brasil se desenvolverá mais em 2006, sendo o "crescimento mais vigoroso e sólido".

Segundo Lula, isso se justifica pelo trabalho realizado nos três anos do seu mandato. "Não prometo, eu garanto ao povo brasileiro que vamos ter um Brasil se desenvolvendo muito mais em 2006."

O presidente salientou que seu governo vai trabalhar para consolidar o que está feito, porque, segundo ele, "tudo está feito para a economia brasileira crescer".

Lula destacou que a redução da taxa de juros vai permitir mais investimentos em 2006, criando mais indústrias e empregando mais. "Mais investimentos vão significar mais salário, mais compra no comércio, mais pedido nas empresas e o desenvolvimento do Brasil como eu sonho e todos os brasileiros sonham."

Para ele, a redução da taxa de juros é consistente. "Fizemos algum sacrifício para que a gente pudesse controlar a inflação. Agora, começou uma política de redução da taxa de juros que acho consistente, inclusive com a boa novidade do Conselho Monetário Nacional da redução da taxa de juros de longo prazo do BNDES de 9,75% para 9%."

Em uma análise sobre a disputa política do próximo ano, Lula disse que o papel do presidente é não deixar que "ela tome conta do dia-a-dia administrativo, do desenvolvimento do país". "As eleições não podem atrapalhar, não devem atrapalhar (o crescimento). Temos a nosso favor os números do IBGE, da economia, os três anos de experiência e tranqüilidade mostrando ao povo brasileiro que o governo não se abala por mais grave que seja a situação. Afinal de contas, é assim que deve proceder um governo", afirmou.

O presidente considera que o país está ficando mais "independente, mais senhor do seu nariz" e "agora tem credibilidade internacional". Lula disse que as contas do país estão arrumadas e que pagar o empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou que o Brasil tem "robustez suficiente para garantir as importações".

A antecipação total do saldo de US$ 15,5 bilhões referentes ao empréstimo contraído com o FMI proporcionou uma economia de cerca de US$ 900 milhões, segundo os cálculos do Ministério da Fazenda.

O cronograma original do empréstimo previa o pagamento das parcelas até dezembro de 2007. "Estamos tomando as nossas decisões sem a ingerência do Fundo ou de qualquer outro organismo multilateral", afirmou.

O programa "Café com o Presidente" foi gravado no domingo, por telefone, já que Lula passou o Natal em São Bernardo do Campo (SP).

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