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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, na abertura da 73ª ExpoZebu, em Minas Gerais, que a reforma agrária necessária para atender às necessidades dos sem-terra é algo que o inquieta. Ele citou dois fatores para isso: um deles é que o governo não tem recursos para comprar a terra e dar condições adequadas de produção simultaneamente. Outro é que o governo "nunca vai conseguir" realizar a reforma agrária desejada pelos trabalhadores rurais.

- A questão da reforma agrária é uma coisa que me inquieta, e me inquieta por duas razões: primeiro, porque a gente nunca vai conseguir fazer do tamanho que as pessoas que precisam querem. E, segundo, o governo nunca tem dinheiro para compatibilizar a compra da terra com a exigência de fazer com que a terra produza o necessário, para que aquele companheiro que obteve a terra possa se transformar num produtor, viva do seu trabalho e possa ganhar dinheiro utilizando o máximo possível de tecnologia. Todo mundo sabe que essa é uma tarefa difícil - disse.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebus, Orestes Prata Tibery Júnior, cobrou de Lula atenção especial para as invasões de terra. Ele disse que os produtores rurais precisam de "tranqüilidade para trabalhar sem o risco de terem as propriedades invadidas e destruídas".

No evento, Lula afirmou que é preciso melhorar a qualidade da carne nacional para enfrentar a concorrência internacional.

- Eu não tenho dúvida de que nós seremos imbatíveis nessas próximas três ou quatro décadas na produção de carne no mundo.

Durante o evento, Lula e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, trocaram elogios e se dirigiram ao outro como "amigo". Aécio afirmou que mesmo sendo governador de um partido de oposição não teve problema para fazer parcerias com o governo federal. Segundo Lula, a disputa partidária termina quando se anuncia o resultado das eleições.

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