• Carregando...

Londrina - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou ontem o assentamento Robson Vieira de Souza, em Congonhinhas, no Norte Pioneiro. Na casa do agricultor Odair Sardor, ele inaugurou a ligação de número 2 milhões do Programa Luz para Todos na área rural.

Criado em 2004 pelo governo federal, o programa já beneficiou 10 milhões de brasileiros, com um investimento de R$ 9,8 bilhões, em parceria com os governos estaduais, dos quais R$ 6,9 bilhões já foram liberados. Para demonstrar a grandeza do Luz para Todos, Lula despejou números sobre o público que acompanhava seu discurso ontem.

Nos últimos cinco anos, ressaltou o presidente, foram instalados 4,62 milhões de postes, 883 mil quilômetros de fios foram utilizados e 708 mil transformadores comprados, gerando 300 mil empregos. Segundo o presidente, o Luz para Todos aumentou 35,8% a renda familiar dos beneficiados, elevou em 34% as oportunidades de trabalho e 41% deles puderam estudar no período noturno. No Paraná, 50 mil famílias já foram atendidas e outras 30 mil estão na fila.

Mas um dos maiores feitos do programa, apontou Lula, foi levar de volta ao campo 96 mil famílias que por falta de energia elétrica haviam migrado para a zona urbana. "Essas famílias voltaram para o campo quando perceberam que tinham oportunidade de produzir", ressaltou. "O pobre custa muito pouco nesse país porque eles não querem nada mais que o essencial. É muito fácil tratar dos pobres."

Uma pesquisa recente do Ministério da Minas e Energias avaliou o impacto do programa na vida dos habitantes de 3.660 propriedades rurais revelou que 78,5% deles adquiriram aparelhos de televisão, 73,1%, compraram geladeira e 44,7%, têm agora um aparelho de som, o que corresponde a 1,5 milhão de televisores, 1,4 milhão de geladeiras e 8.890 mil aparelhos de som. Dentre o público pesquisado, 60,9% recebem até um salário mínimo.

"A luz elétrica traz dignidade, emprego e qualidade de vida. Permite que a pessoa tenha uma vida melhor. Com luz elétrica, os agricultores podem usar as máquinas para fazer o trabalho pesado", destacou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Com a chegada da energia elétrica, Odair Sardor pode ligar a máquina de moer cana, testada e aprovada por Lula, pela ministra Dilma e pelo governador Roberto Requião (PMDB), que segundo o presidente, teria ficado com medo do equipamento. "A máquina cortou um dedo meu", brincou o presidente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]