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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse nesta terça-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou descontente com a forma como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apoiou a nacionalização do gás natural da Bolívia.

Segundo ele, Lula não chegou a estranhar a presença de Chávez durante o anúncio.

- Acho que ela (a presença de Chávez) se justificava sobretudo em função da questão macro que é integração energética da América do Sul e pelo fato de as principais reservas estarem na Venezuela. Era difícil separar os dois assuntos. Mas, sim, foi transmitido ao Chávez o nosso desconforto e o desconforto pessoal do presidente Lula com algumas dessas ações que foram praticadas - disse, citando o fato de o anúncio ter sido feito em um momento em que havia grande presença de funcionários da PDVSA e de representantes de outros países, como Uruguai.

- Dissemos que isso prejudicaria não só o gasoduto que viria da Venezuela, mas a própria integração Sul-americana - completou.

Para Amorim, a nacionalização não foi uma surpresa para o Brasil. Mas sim a forma como ela foi realizada.

- A nacionalização não foi surpresa, mas a forma como ela foi feita sim porque na semana anterior tinha havido um contato do ministro de energia (Silas Rondeau) e do presidente da Petrobras (José Sergio Gabrielli) com o ministro de Hidrocarburos deles - contou.

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