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| Foto: Jorge Silva/Reuters

Quatro meses depois de deixar o governo, o ex-presidente Lula começa nesta semana a colocar a "mão na massa" da política nacional. Ele se reúne hoje à tarde em São Paulo com parlamentares e dirigentes do PT para definir sua participação na reforma política. O papel do ex-presidente seria articular partidos aliados em torno das propostas petistas e costurar a mobilização das centrais sindicais. Como Lula é respeitado não só na CUT como na Força Sindical, uma campanha pela reforma política poderia unir as centrais, hoje em rota de colisão. Na campanha da sucessão presidencial, Lula afirmou que, depois de deixar o cargo, se dedicaria ao tema. Entre as bandeiras petistas, estão o financiamento público de campanhas, o voto em lista fe­­chada, o fim das coligações e a fidelidade partidária. Um ou­­tro pon­­to é a in­­clu­são das mu­­lhe­res na es­­tru­tura dos partidos.

Para pensar:

"Vai ter uma fadiga de material. Este é o ano do governo, o nosso ainda virá. Em 2014 serão 12 anos de PT no governo."

Aécio Neves (PSDB), senador mineiro e pré-candidato à Presidência.

De olho 1

Não é só o PSDB que vive o dilema de escolher entre o ex-deputado federal Gustavo Fruet e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), para apoiar na disputa pela administração municipal em 2012. O PT também está de olho nessa dupla. Os petistas devem lançar um candidato próprio para disputar a prefeitura, mas os caciques petistas acreditam num segundo turno entre Fruet e Ducci. O candidato que for rejeitado pelo PSDB será tratado com muito carinho pelo PT.

De olho 2

No pacote dos agrados está o apoio financeiro do governo federal. A cúpula do PSDB já sabe do assédio e tenta a todo custo juntar Ducci e Fruet. Até porque o novo prefeito de Curitiba pode ter importante papel dois anos depois, em 2014, quando o governador Beto Richa (PSDB) deve enfrentar a senadora Gleisi Hoffmann (PT) nas urnas.

Famoso

O presidente da Assembleia, deputado tucano Valdir Rossoni, era um dos mais assediados pela militância do partido antes da convenção do PSDB ontem num hotel em Curitiba. Por diversas vezes Rossoni foi parado para tirar fotos. A ala feminina do PSDB era uma das mais animadas e empolgadas com a presença do presidente do Legislativo. A "fama" se deve às medidas moralizadoras implantadas por Rossoni na Assembleia do Paraná.

Réu?

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Hermas Brandão tem contado aos mais próximos que o atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), deve ser incluído como réu na ação de improbidade administrativa proposta contra ele pelo Ministério Público Estadual. O raciocínio é simples: "Se eu estou respondendo aos atos como presidente em 2001 ele [Rossoni] também responderá pelos mesmos atos como primeiro-secretário". A ação do MP responsabiliza Hermas e outros políticos pela contratação de funcionários fantasmas mostrados pela Gazeta do Povo e RPC TV na Série Diários Secretos.

Conselheiro

O ex-prefeito de Curitiba Saul Raiz deve ser convidado na próxima semana para se filiar ao PSD. O deputado federal Eduardo Sciarra e o estadual Ney Leprevost devem visitar Saul Raiz depois do feriado da Páscoa. A intenção é torná-lo um conselheiro especial do PSD. Empresários e líderes sindicais e da iniciativa privada estão sendo observados pelos membros do novo partido. Um dos que serão "assediados" é Jackson Pitombo Cavalcante Filho, ex-superintendente do Banco Central em Curitiba.

Pinga-fogo

"Só me falta agora ver o PT abraçado com o Gustavinho [Fruet] que lhe batia até tirar o couro. Na campanha última já tivemos qualquer coisa assim."

Roberto Requião, ironizando a possibilidade de Gustavo Fruet (PSDB) buscar um partido de oposição para ser candidato a prefeito de Curitiba em 2012.

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