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O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende ceder outra pasta ao PMDB caso o sanitarista José Gomes Temporão, recém-filiado ao partido, seja indicado para o Ministério da Saúde. O anúncio foi feito no lançamento da campanha "Reforma política: conhecendo, você pode ser o juiz dessa questão", patrocinada pela Associação de Magistrados do Brasil (AMB).

- O presidente Lula considera Temporão um bom quadro, mas isso ainda não está fechado. Caso ele seja nomeado, isso não implica em compensação ao PMDB - afirmou Tarso.

Em seu blog, Ricardo Noblat conta que, na segunda-feira, Tarso ofereceu ao presidente do PMDB, Michel Temer, o Ministério da Previdência. Em troca, o deputado desistiria de tentar a reeleição do cargo e abriria caminho para Nelson Jobim, nome apoiado por Lula para comandar os peemedebistas. Mas Temer recusou a oferta.

O ministro contou também que conversou na noite de terça como o presidente do PP, deputado Nélio Dias (RN), que teria manifestado mais uma vez o desejo de o partido de manter o Ministério das Cidades. Dias argumentou que o PP merece o cargo pela afinidade que Lula tem com o ministro Márcio Fortes e que a pasta teria seu trabalho facilitado pelo fato de o PP possuir lideranças em cidades médias e pequenas.

Apesar de ouvir Dias, Tarso disse que três fatores ainda pesam para que Lula decida o futuro ministério: a inclusão ou não da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy; a participação do PMDB no governo com o máximo de unidade possível; e a satisfação às pretensões do PP.

Tarso admitiu, no entanto, que a reforma ministerial poderá provocar perdas para a base aliada:

- Qualquer reforma causa perdas. O que tem que ser equacionado é a relação entre perdas e ganhos. É difícil encontrar um ministro que tenha unanimidade nos partidos, inclusive no meu - disse o petista.

Em Pernambuco, onde foi participar da inauguração de uma fábrica de resina PET, Lula voltou a falar que não tem pressa para anunciar a reforma ministerial:

- A minha equipe é ganhadora. O time de futebol que foi campeão aqui em Pernambuco ou uma escola de samba que foi campeã tem vontade de mudar, já, a sua direção? Ela acabou de ganhar, nem festejou ainda. Eu não tenho nenhuma preocupação de mudar o governo. Eu não tenho pressa, não tem pressão, não tem espada na minha cabeça.

O presidente reafirmou que só vai anunciar mudanças no momento certo.

- Somente eu decido o dia, a hora e quando fazer. Estou muito tranqüilo. A base aliada está convencida de que é o momento de a gente discutir o desenvolvimento do Brasil e não ficar discutindo coisas menores - disse.

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