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Questionado sobre a possibilidade de a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff sair fortalecida politicamente do tratamento de um câncer no sistema linfático, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (28) que não pode "imaginar como é que alguém sai fortalecido de um câncer".

"Eu só estou desejando a recuperação da Dilma e certamente ela não tem nada mais. O câncer já foi tirado, agora é apenas um tratamento preventivo, graças a Deus", respondeu.

As declarações foram dadas em uma entrevista coletiva em Rio Branco, no Acre, onde Lula se encontrou com o presidente peruano Alan García. O presidente brasileiro tem afirmado que a ministra tem a preferência dele para disputar a Presidência da República em 2010. Dilma, no entanto, não se pronuncia sobre suas pretenções políticas.

Após a resposta de Lula, García disse que gostaria de manifestar sua simpatia e amizade por Dilma e afirmou que a considera "um exemplo de ação e de capacidade de mulher latinoamericana". Para o peruano, a ministra é fortalecida pela "popularidade do governo Lula e pela política social exitosa do governo".

Vice

Mais cedo, em Manaus, antes de embarcar para Rio Branco, Lula foi questionado sobre a escolha do candidato a vice para eventualmente compor uma chapa com Dilma. Ele procurou deixar claro que não tem pressa em buscar um vice para a ministra, mas afirmou que o número dois numa eventual chapa encabeçada por ela será certamente alguém capaz de "agregar".

"É cedo para escolher. Nós não vamos especular sobre isso. (...) Primeiro, temos que acertar com os partidos. Depois que acertarmos com os partidos é que vamos decidir quem é o vice, em função daquilo que ele pode agregar", completou.

Lula citou como exemplo seu vice José Alencar, empresário do setor têxtil escolhido, em parte, para ajudar a vencer a resistência do empresariado à sua candidatura na eleição presidencial de 2002.

Alencar luta desde o final dos anos 90 contra o câncer. Durante toda a administração de Lula, iniciada em 2003, o vice passou por diversas cirurgias. Ele chegou, por exemplo, a exercer a Presidência de um quarto no Hospital Sírio-Libanês.

"Eu não tenho nenhuma dúvida de que o José Alencar agregou muito na minha campanha, porque ele ajudou a quebrar o preconceito junto a um segmento social muito importante, que são os empresários", argumentou Lula. "Acho que é assim que se compõe uma chapa", completou.

Lula aproveitou a ocasião para dizer que não acredita na possibilidade de a oposição explorar a doença da ministra em seu favor, de olho na disputa eleitoral do ano que vem. "Não sei como alguém poderia explorar um problema de saúde, sobretudo no caso de uma pessoa jovem como a Dilma, disposta como a Dilma", afirmou o presidente.

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