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Copenhague, Dinamarca - O governo brasileiro já está preparado para uma ofensiva diplomática do governo da Suécia e da companhia Saab em favor do caça Gripen NG, um dos três modelos que disputam a licitação que renovará a esquadrilha da Força Aérea Brasileira (FAB). O assédio deve ocorrer durante a visita oficial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará à Suécia, entre segunda e terça-feira, quando participará da Cúpula União Europeia/Brasil.

A Saab, fabricante do Gripen NG, disputa com a francesa Dassault, projetista do Rafale, e com a norte-americana Boeing, fabricante do F/A-18 Super Hornet, o contrato de venda de 36 caças ao governo brasileiro, primeira parte de um projeto de renovação da FAB que pode levar à venda de um total de 120 aparelhos.

Acompanhando o presidente Lula em Copenhague, na Dinamarca, onde está para o anúncio da cidade-sede das Olimpíadas de 2016, o ministro da Secretaria de Comu­­­nicação, Franklin Martins, ressaltou que a viagem não se destina a negociar mais vantagens para a compra dos caças. Martins reconheceu, no entanto, que o tema deve ser tratado entre os líderes políticos. "A viagem não é para isso. Mas é bem possível que o tema seja trazido para a mesa", disse.

Martins advertiu ainda que a decisão entre o Gripen NG, o F/A-18 e o Rafale – esse último até agora considerado o favorito pelo governo brasileiro – será de caráter político, mas que outros fatores estão sendo levados em conta. "Não significa que a parte técnica não será avaliada. Claro que será", reiterou.

Ontem, em Brasília, o presidente mundial da Saab, Ake Svensson, reforçou o lobby que vem fazendo junto ao governo brasileiro e afirmou que a venda dos modelos Gripen NG vai além da transferência de tecnologia. Para ele, uma "parceria" seria construída entre o Brasil e a Suécia. "(Os dois países) não competem. Eles possuem tecnologias complementares", afirmou Svensson.

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