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A comerciante C.C.S., de 24 anos, foi detida por policiais militares após deixar seu filho, N.M.G, de apenas 1 ano, sozinho dentro do carro fechado, em Pinheiros, na zona oeste da capital. Moradora do bairro, a mãe deixou a criança dormindo no veículo por um período de, pelo menos, 40 minutos, enquanto fazia compras em uma loja de calçados, na manhã de sábado. Uma fiscal da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) trabalhava na Rua Teodoro Sampaio, quando percebeu que a criança dormia no banco traseiro do veículo, um Corolla.

Imediatamente, a fiscal acionou a Polícia Militar, que, chegando ao local, verificou que os vidros e as portas do carro estavam fechados. Ao averiguar melhor, os policiais descobriram que as portas estavam destrancadas e retiraram a criança, que passava bem.

De acordo com os PMs, após cerca de 40 minutos de espera, a mãe da criança, enfim, teria retornado ao veículo. A comerciante recebeu voz de prisão ainda no local e foi conduzida ao 14º DP, de Pinheiros. Ainda segundo a PM, C.C.S. precisou ser algemada, pois teria se recusado a entrar na delegacia, debatendo-se na viatura e desacatando os policiais.

Porém, o delegado Marcello de Oliveira acredita que não havia necessidade das algemas. Após um longo depoimento, C.C.S. não chegou a ser indiciada e foi liberada. A criança foi levada para exames de corpo delito e sua guarda, entregue aos avós.

O caso foi encaminhado à Promotoria da Infância e Juventude e à Vara da Família, que vão averiguar se houve o crime de abandono de incapaz.

Durante o tempo que passou na delegacia, C.C.S. preferiu não falar à imprensa. Porém, pela versão da comerciante, registrada no boletim de ocorrência, não houve desacato e tudo não teria passado de um mal-entendido. Ao chegar à Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, onde compraria um par de sapatos, a comerciante preferiu deixar o filho dormindo no carro, mas com uma pequena parte dos vidros aberta para ventilação. Ainda de acordo com a versão da mãe, no tempo em que ficou fora, a cada 15 minutos voltava ao local onde o veículo estava estacionado para verificar se a criança estava bem.

Para o delegado Marcello de Oliveira, que registrou o caso, houve uma grande imprudência da comerciante, que não teria percebido o risco que o filho corria sozinho no carro.Perigo pode ser fatal

Em menos de um ano, dois casos parecidos chocaram São Paulo. Em abril de 2006, Rodrigo Ferreira, de um ano e três meses, morreu após passar cinco horas trancado dentro de um carro, num estacionamento na zona norte de São Paulo. O pai do garoto, o administrador Carlos Alberto Legal Filho, de 35 anos, disse à polícia, na época, que saiu de casa atrasado para trabalhar, esqueceu de deixar o filho na creche e não percebeu que ele ficou dentro do veículo.

A tragédia se repetiu em abril deste ano, quando Gustavo Garcia, de 1 ano e 4 meses, morreu ao ser esquecido dentro do carro do pai, o biólogo Ricardo César Garcia, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

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