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Um representante comercial foi detido no Recife (PE), na quinta-feira (15), com um bebê que ele pretendia entregar para uma mulher no Rio Grande do Sul. A mãe biológica negociou a venda dessa criança, mas se arrependeu e decidiu chamar a polícia.

Segundo a polícia, as negociações para compra do bebê começaram quando Juliana dos Santos Moura estava no sétimo mês de gravidez. Ela teria feito algumas exigências para dar a criança. O representante comercial Paulo Ricardo Pereira da Silva Pithan teve que pagar as despesas médicas do parto e também teria que encontrar um advogado para soltar um irmão dela, que está preso.

A criança nasceu no dia 8 de março em um hospital particular em Olinda e já saiu de lá com um documento adulterado. A declaração de nascido vivo estava em nome da mãe adotiva, uma mulher que vive no Rio Grande do Sul.

Juliana admitiu que negociou a entrega do bebê ao representante comercial, mas disse que depois do parto se arrependeu e voltou atrás. "Eu queria dar a minha filha porque estava passando necessidade. Mas depois que vi o bebê não quis dar mais", disse.

A mãe biológica afirmou que se sentiu ameaçada depois de desistir do negócio. Por isso, denunciou o caso. Orientada pela polícia, ela marcou com encontro com Pithan.

O representante comercial estava com o bebê nos braços quando os policiais fizeram a abordagem. Ele foi levado para a Delegacia de Repressão aos Crimes contra Crianças e Adolescentes do Recife e autuado por compra e venda de crianças.

De acordo com a polícia, Pithan pretendia entregar a criança a uma cunhada que mora no Rio Grande do Sul. Ela já tinha a passagem aérea comprada para o Recife, mas não viajou depois que soube que Juliana desistiu do negócio.

O representante comercial nega ter participação em crimes de tráfico de bebês. "Nunca fiz nada disso. Sou uma pessoa que tenho residência, profissão. Graças a Deus, sou profissionalmente muito bem-sucedido", disse. "Eu me compadeci com a situação financeira de Juliana e dos três filhos que ainda se encontram com ela."

A polícia vai investigar uma possível participação de algum funcionário do hospital no caso.

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