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As primeiras investigações sobre os negócios de Luiz Antônio Vedoin – empresário que confessou operar um sistema de licitações fraudulentas, conhecido como máfia das sanguessugas – mostram que no Paraná, mais do que ambulância, ele vendia ônibus usados. Nas cidades de Ortigueira, São João do Triunfo, Matelândia, Braganey e Coronel Vivida, empresas do grupo Vedoin venderam aproximadamente R$ 400 mil em veículos usados, que depois se transformaram em unidades de atendimento médico e odontológico. Alguns ainda estão em uso e outros foram encostados, mas todos precisaram ser reformados e consertados porque apresentavam problemas mecânicos.

Em todos os casos, as licitações foram vencidas pelas empresas Santa Maria Comércio e Representação e Klass Comércio e Representação de Veículos, que pertenciam ao empresário investigado pela CPI dos Sanguessugas e Polícia Federal.

Em Matelândia, no Oeste do Paraná, o prefeito Edson Primon (PMDB) informou que passou toda a documentação sobre o caso para a Procuradoria Jurídica do município. Segundo Primon, mais um indício de irregularidade já foi encontrado: pelo valor do contrato de aquisição, R$ 84 mil, a modalidade de compra deveria ser feita por meio de tomada de preço, conforme estabelece a legislação. Além disso, o veículo não teria serventia, já que os postos de saúde são próximos e não há motivo de deslocamentos para atendimentos médicos.

"Quando assumi a prefeitura, o ônibus estava quebrado, não funcionava", conta. Depois, em reunião do conselho municipal de saúde, foi decidido que deveria ser encostado. A intenção da prefeitura, segundo o prefeito, é pesquisar a viabilidade de aproveitar os equipamentos internos e leiloar o veículo.

Leia exemplos de outros municípios e como os prefeitos eram influenciados, no site da versão impressa da Gazeta do Povo.

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