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 | Leonardo Prado/Câmara dos Deputados
| Foto: Leonardo Prado/Câmara dos Deputados

Depois de dizer que o governo vinha tratando os deputados como “palhaços”, nas negociações em torno da votação da lei de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou atrás em suas colocações e pediu desculpas ao Palácio do Planalto, por conta das palavras “fora do tom”.

Maia disse que tinha recebido uma informação incorreta a respeito da proposta que tramita na Casa. “Eu sou uma pessoa que falo sempre o que eu penso, e quero aproveitar para me desculpar, minhas palavras não foram adequadas. Eu recebi uma informação que não foi correta, e reagi da forma que eu reagiria se ela fosse correta”, comentou Maia. “O erro foi meu, e eu peço, de público, desculpas, por minha palavra fora do tom, por um motivo que não existiu.”

Mais cedo, Maia disse que, se o governo não quisesse votar as mudanças na lei de repatriação, que não tratasse os deputados como “palhaços”. A declaração foi dada após ser questionado pela imprensa sobre o movimento do líder do governo na Casa, deputado André Moura (PSC-SE), para não votar alguns pontos do projeto que altera a lei a repatriação articulado por Maia. O projeto deve ser votado nesta quarta-feira, 5, ou amanhã na Câmara.

Em entrevista mais cedo, André Moura afirmou que o governo quer que a tributação cobrada para que o contribuinte repatrie o dinheiro incida sobre todo o fluxo de recursos enviados para o exterior, e não apenas sobre o saldo do contribuinte em 31/12/2014, como prevê o projeto articulado pelos deputados.

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