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Atualizada na quinta-feira, dia 17/08, às 20h57

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, pediu nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de mais 27 inquéritos contra parlamentares suspeitos de envolvimento com a máfia das ambulâncias. No dia anterior, o procurador-geral recebera o relatório parcial da CPI dos Sanguessugas das mãos do deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). Os nomes dos novos investigados não foram revelados porque as investigações podem tramitar em segredo de Justiça.

O relator dos processos no STF, ministro Gilmar Mendes, já autorizou a abertura de 57 inquéritos. O número de parlamentares denunciados pelo procurador-geral ao STF é maior do que o de citados no relatório preliminar da CPI dos Sanguessugas, que recomendou a cassação de 72 parlamentares, sendo 69 deputados e três senadores.

Na Câmara, os envolvidos têm até segunda-feira para renunciar e evitar o risco da cassação. No Senado, o presidente do Conselho de Ética, João Alberto (PMDB-MA), recuou das declarações feitas nesta quarta-feira e garantiu que os processos contra os três senadores acusados de envolvimento com o esquema dos sanguessugas "não vão acabar em pizza". João Alberto anunciou que até já escolheu os três relatores. Isso significa que ele vai aceitar a denúncia do relatório preliminar da CPI dos Sanguessugas, mas não quis revelar os nomes dos relatores por enquanto.

De acordo com a lei, os processos contra aqueles que renunciam têm que ser arquivados. Eles não correm o risco de ficar inelegíveis por oito anos, mas perdem o foro privilegiado e podem ter de enfrentar o processo na Justiça comum.

Nesta terça-feira, o deputado Coriolano Sales (PFL-BA) foi o primeiro dos 69 denunciados pela CPI a renunciar. Na semana passada, nove parlamentares também acusados de envolvimento na compra e venda de ambulâncias superfaturadas, desistiram de disputar a eleição deste ano. Deixarão de concorrer os seguintes deputados: Heleno Silva (PL-SE), Jorge Pinheiro (PL-DF), Josué Bengtson (PTB-PA), João Mendes de Jesus (PSB-RJ), Marcos de Jesus (PFL-PE), Osmânio Pereira (PTB-MG), Neuton Lima (PTB-SP), Wanderval Santos (PL-SP) e Paulo Feijó (RJ), que pediu desligamento do PSDB após o escândalo.

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