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A Corregedoria e o Serviço Reservado da Polícia Militar tentam identificar quem são os 412 PMs suspeitos de vender armas e drogas para a Favela do Muquiço, em Guadalupe. Esse número é maior do que o efetivo do 16º BPM (Olaria), e foi descoberto a partir das investigações da Polícia Federal (PF) que resultaram na realização da chamada Operação Tingui, no mês passado. Ouça conversa entre um bandido e um policial sobre a venda de drogas pelo telefone.

Na operação, foram identificados 78 PMs, que integram quatro batalhões (Rocha Miranda, Bangu, Méier e São Cristóvão), além do Grupamento Especial Tático Móvel (Getam). Todos tiveram prisão decretada pela 1ª Vara Criminal de Madureira. Investigadores somaram 412 suspeitos após reunir os apelidos usados por policiais que negociaram com traficantes. Cada apelido tem relação com uma equipe da PM.

- Vamos fazer uma espécie de auditoria nos sistemas de localização dos carros-patrulha, e cruzar esses dados com as escalas de serviço. Tentaremos, assim, identificar todos os suspeitos - informou o corregedor da PM, coronel Paulo Ricardo Paul.

As informações que constam na investigação já foram encaminhadas pelo juiz Marcelo Villas, da 1ª Vara Criminal de Madureira, para a Auditoria Militar e para a Corregedoria da PM.

O trabalho conjunto da PF com a PM possibilitou a identificação de vários policiais que conversavam, por telefone, com traficantes do Muquiço. Entre eles, alguns representavam suas equipes utilizando apelidos como Batman e Ratão. Homens que deveriam reprimir o tráfico de drogas se aliaram aos marginais.

Uma equipe de sete PMs, que usava o veículo blindado (caveirão) do 9º BPM (Rocha Miranda), é suspeita de seqüestrar um menor, e se identificava como Chucky - uma referência ao personagem principal do filme "Boneco Assassino".

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