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Contrariando os pareceres do Conselho de Ética, o plenário da Câmara absolveu nesta quinta-feira mais dois deputados acusados de envolvimento no escândalo do valerioduto. Wanderval Santos (PL-SP) e João Magno (PT-MG) tiveram seus mandatos preservados com a ajuda do baixo quórum na Casa.

O parecer do relator Jairo Carneiro (PFL-BA), que pedia a cassação de Magno, foi derrotado por 207 a 201 votos . Houve 10 abstenções, cinco votos em branco e três nulos. Faltaram à votação 87 parlamentares. Foi a menor presença no plenário em todos os processos de perda de mandato votados desde o início dessa crise.

João Magno é acusado de ter recebido R$ 476 mil das contas do empresário Marcos Valério. No final da sessão, parlamentares do PT e familiares de Magno comemoraram o resultado com assovios e palmas. A deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) chegou a cantar e a dançar no plenário vazio.

No caso de Wanderval, 242 deputados votaram a favor da cassação de 179 foram contra . Não compareceram para votar 69 parlamentares e faltaram 15 votos para o parlamentar ser cassado. De acordo com o relatório aprovado no Conselho de Ética, Wanderval teria se beneficiado com o saque de R$ 150 mil de uma conta do empresário Marcos Valério no Banco Rural.

Com as absolvições de Wanderval e João Magno, sobe para sete o número de deputados acusados de receber mensalão que escaparam da cassação desde o início da atual crise política.

Dos 18 representados pela CPI dos Correios por envolvimento no escândalo do mensalão apenas três parlamentares ainda dependem do veredito do conselho, que deverá ocorrer até meados de abril, quando vence o prazo de tramitação dos processos. Ainda não tiveram parecer do Conselho os deputados Josias Gomes (PT-BA), Wadão Gomes (PP-SP) e José Janene (PP-PR). O relatório que pede absolvição de José Mentor (PT-SP) deverá ser votado nesta quinta-feira no Conselho de Ética.

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