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A nova decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TsE), que voltou atrás ontem à noite e flexibilizou a verticalização das coligações eleitorais, salvou a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do estado. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, declarou ontem – antes da decisão do TSE – que é irreversível a candidatura de Cristóvam Buarque à presidência da República e que Osmar Dias não seria candidato no Paraná se fosse mantida a interpretação mais rígida sobre as alianças eleitorais.

Apesar das regras mais flexíveis, a candidatura de Cristóvam Buarque continua atrapalhando os planos de se formar uma frente de oposição no Paraná, entre PDT, PSDB e PFL. Como tanto o PSDB, de Geraldo Alckmin, como o PDT, de Buarque, terão candidato próprio à presidência, a verticalização impede que os dois partidos se aliem oficialmente nos estados.

O que muda, com a flexibilização, é que os partidos que não tiverem candidatos à sucessão presidencial poderão fazer alianças nos estados com qualquer sigla. Ou seja, para Osmar seria melhor que Cristóvam Buarque ficasse de fora da disputa. Já o governador Roberto Requião (PMDB) será beneficiado diretamente, uma vez que o PMDB ficará livre para se aliar nos estados com o PT ou PSDB.

Em entrevista por telefone, Lupi admitiu que poucos estados poderão acompanhar a decisão da Executiva Nacional do PDT lançando candidatos a governador. Como o TSE não liberou os partidos que estão na disputa presidencial para fazer alianças nos estados com qualquer sigla, o PDT terá de disputar sem coligações. "Poucos são os estados onde poderemos sair sozinho, sete ou oito, no máximo."

Apesar de reconhecer que vai dificultar a formação das alianças, encurtar o tempo de televisão dos candidatos a governador e limitar a formação da chapa proporcional, o presidente do PDT assegura que o partido não vai voltar atrás na decisão de candidatura própria a presidente. "Nosso caminho está traçado."

A direção nacional do PDT divulgou ontem uma nota confirmando a convenção no próximo dia 19, quando será homologado o nome do senador Cristóvam Buarque. No mesmo dia será realizada a convenção regional para oficializar a candidatura de Carlos Lupi ao governo do Rio de Janeiro.

O presidente em exercício do PDT do Paraná, Augustinho Zucchi, discorda totalmente da tese de candidatura própria a presidente. "É um suicídio deliberado para o partido ser candidato sozinho", disse. Para Zucchi, o PDT precisa repensar a decisão. "Se a direção insistir em disputar, vai encolher o partido nacionalmente. Partido tem que ter voto senão não sobrevive", afirmou o dirigente, lembrando que o PDT precisa atingir 5% dos votos para Câmara Federal para não esbarrar na cláusula de barreira.

Osmar Dias e Zucchi não participam da agenda de campanha de Cristóvam Buarque, que desembarca hoje em Cascavel. O senador continua se recuperando em casa de uma cirurgia vascular nas pernas e o deputado tem compromissos no Sudoeste do estado. Quem vai recepcionar o pré-candidato a presidente no município será o ex-deputado estadual Edgar Bueno.

Cristóvam Buarque desembarca às 16h25 no aeroporto de Foz do Iguaçu e segue para Cascavel, onde faz palestra às 19 horas, na Faculdade Assis Gurgacz. Em seguida, às 21 horas, retorna para Foz.

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