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Um sargento do Exército, lotado no Estabelecimento Central de Transporte (ECT), foi preso na manhã desta quarta-feira quando chegava para trabalhar. Ele é suspeito de participação no roubo de dez fuzis e uma pistola ocorrido no quartel no dia 3 de março. Segundo a promotoria do Ministério Público Militar (MPE), o sargento Freitas, como foi identificado, apresentou contradições no depoimento e teve o envolvimento denunciado por outros suspeitos. Ele estava de plantão no momento do roubo e alegou não ter visto nada porque foi agredido pelos assaltantes. As investigações do Comando Militar do Leste (CML) constataram que o ex-cabo Joelson Basílio da Silva, de 23 anos, manteve contato por telefone com o sargento.

O MPE investiga o envolvimento no crime de outros militares da ativa e de cinco civis que teriam ligações com mais de uma facção criminosa. Até o fim desta semana deve ser pedida a prisão preventiva do ex-cabo Joelson Basílio da Silva, de 23 anos, e do ex-soldado Carlos Leandro de Souza, de 22 anos, que confessaram o roubo ao quartel do Exército. Os dois estão detidos no batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, graças a um mandado de prisão temporária, que vence na sexta-feira.

Durante 12 dias tropas do Exército ocuparam morros cariocas para localizar os dez fuzis e a pistola levados pelos bandidos. O armamento foi encontrado no fim da tarde de terça-feira, dia 14. No dia seguinte o ex-cabo e o ex-soldado foram presos. Na terça-feira passada, dia 21, o Exército realizou na Favela do Dique a primeira ação em comunidades desde a localização das armas roubadas.

Tráfico fez consórcio por fuzis roubados

Os fuzis roubados do Exército no dia 3 seriam vendidos por R$ 3.500 cada. A informação foi dada pelo ex-cabo Joelson em depoimento. As armas seriam distribuídas nos morros de Mangueira, Borel (Tijuca), Complexo do Alemão (Ramos) e Pavão-Pavãozinho (Copacabana). Os chefes do tráfico nas quatro comunidades teriam feito um consórcio para comprar o armamento.

Planejado pelo ex-cabo, o ataque ao ECT foi executado com apoio de integrantes do tráfico no Complexo do Alemão e Mangueira, para onde as armas teriam sido levadas e enterradas na localidade conhecida como Vila Miséria. A idéia de realizar o ataque à unidade militar foi levada por Joelson a traficantes do Complexo do Alemão. Morador da Favela Nova Brasília, o ex-cabo serviu no ECT por cinco anos e foi desligado no fim de fevereiro, três dias antes do ataque. No depoimento, o ex-militar contou ter ficado revoltado com a baixa do quartel. Antes do desligamento o ex-cabo já era alvo de investigação por suspeita de envolvimento com o tráfico.

Joelson alegou ter participado do roubo porque estava precisando de dinheiro, justificativa apresentada também por Carlos Leandro. Morador da Favela do Dique, no Jardim América, o ex-soldado também era investigado por suspeita de envolvimento com o tráfico antes de receber baixa.

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