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Uma refém e dois detentos foram liberados na manhã deste sábado da Casa de Passagem de Vila Velha. A rebelião na unidade entra no quarto dia e cinco pessoas - sendo três mulheres e dois homens - ainda são mantidos sob domínio dos presos. A refém Amália Erde Mann Glauq, 53 anos, e os detentos, um de 19 e outro de 22, foram liberados porque estavam se sentindo mal. A refém precisaria de medicamentos hipertensivos que não foram entregues. Uma outra refém já tinha sido liberada na quinta-feira.

Os 740 presos estão rebelados desde a quarta-feira. Um preso morreu asfixiado durante incêndio dentro da unidade no primeiro dia do motim. Quatro outros se jogaram do último andar do prédio com medo das ameaças feitas pelos colegas. O clima ainda é muito tenso.

Nesta sexta-feira, os presos radicalizaram o movimento e por duas vezes deixaram um dos reféns de cabeça para baixo por mais de 15 minutos. Um agente penitenciário foi agredido com socos e ficou pendurado do lado de fora do último andar da cadeia, a cerca de 10 metros de altura, enquanto os presos exigiam água, comida e remédio. Por telefone, os detentos afirmaram que só liberam todos os reféns se o governo do estado transferir cinco presos de alta periculosidade que estão sob custódia da Polícia Federal para uma das cadeias do sistema prisional capixaba.

O Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar acompanhou toda a movimentação do lado de fora do Complexo Penitenciário de Vila Velha. Os amotinados exigem negociar apenas com os secretários de Segurança Pública, Evaldo Martinelli, e de Justiça, Angelo Roncalli.

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