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Os projetos auxiliares do Bolsa Família, principal programa da área social do governo Lula, receberam críticas do ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro disse que o foco das ações do Ministério de Desenvolvimento Social para retirar os beneficiários do programa deve mudar. Para ele, é preciso concentrar as iniciativas na população que está mais próxima de entrar na classe média.

"O ponto nevrálgico é escolher corretamente o alvo. Muitas vezes, tenta-se abordar o núcleo duro da pobreza com programas de capacitação e aí não funciona. Porque essas populações mais miseráveis são cercadas por um conjunto de inibições, até de ordem cultural, que dificulta o êxito desses programas. A ideia é escolher como alvo um grupo intermediário, que se poderia chamar os batalhadores", declarou Mangabeira.

O ministro parte hoje para uma viagem de cinco dias pelo Nordeste – principal área de atuação do Bolsa Família – para discutir um novo projeto de desenvolvimento para a região. Segundo o ministro, desde o governo de João Goulart não há um planejamento estratégico para área. "O problema é que faltam ideias. Há um vazio intelectual. Esse vazio é preenchido com duas ilusões. A do pobrismo, de que basta aliviar a pobreza com ações sociais, e a do são-paulismo, o fascínio por grandes indústrias", disse.

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