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Manifestação contra Dilma em Curitiba foi a quarta maior do país

Protesto pelas ruas do Centro da capital contou com 80 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, e superou inclusive a mobilização na cidade do movimento Diretas Já, em 1984

As palavras de ordem que mais se repetiam entre os manifestantes faziam alusão ao pedido de impeachment da presidente | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
As palavras de ordem que mais se repetiam entre os manifestantes faziam alusão ao pedido de impeachment da presidente (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Cerca de 80 mil pessoas, conforme estimativa da Polícia Militar, participaram de um ato contra a presidente Dilma Rousseff (PT) em Curitiba na tarde deste domingo (15). A aglomeração, quarta maior do país, começou por volta das 14 horas, na praça Santos Andrade, centro da capital – em São Paulo, a PM estimou um milhão de manifestantes na Avenida Paulista e, em Vitória e Porto Alegre, as estimativas são de 100 mil.

80 mil pessoas protestam em Curitiba neste domingo

Manifestantes saíram da Praça Santos Andrade por volta das 14h em direção a Boca Maldita. Conforme contagem da Polícia Militar, Curitiba reuniu a terceira maior aglomeração de pessoas para o manifesto contra a Presidente Dilma.

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O pronunciamento dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, deste domingo (15) foi recebido em todo o país com um ‘panelaço’.

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Após o encontro na Santos Andrade, o grupo seguiu em marcha pela Avenida Marechal Deodoro até a Boca Maldita. Parte dos manifestantes, porém, não conseguiu chegar à rua XV de Novembro e manteve agrupamentos nas ruas do entorno.

As palavras de ordem que mais se repetiam entre os manifestantes faziam alusão ao pedido de impeachment da presidente. Gritos de “Fora, PT!” e “Fora, Dilma!” marcaram o protesto, enquanto as ruas centrais de Curitiba foram coloridas pelo verde e amarelo das roupas usadas por quase todos os manifestantes, que também carregavam bandeiras do Brasil, vuvuzelas, cornetas e cartazes.

Além dos pedidos pelo impeachment de Dilma, outras demandas estavam na ponta da língua daqueles que foram às ruas: redução da carga tributária, reforma política, investigação rigorosa das denúncias de corrupção e menos assistencialismo estatal. A insatisfação também recaiu sobre os poderes Legislativo e Judiciário devido aos parlamentares investigados na operação Lava Jato e outros episódios que repercutiram negativamente, como reajustes salariais e auxílio-moradia para políticos e juízes.

Centro tomado

Mesmo os que protestavam se mostravam surpresos com a quantidade de pessoas no local. A manifestação superou inclusive a mobilização do movimento Diretas Já, em 1984, na capital. Um dos carros de som era comandado pelo movimento Federalista, cujos partidários afirmavam que Dilma deveria renunciar em resposta à insatisfação popular. “Sabemos que o impeachment é muito difícil de conseguir, praticamente impossível, por isso queremos que ela jogue a toalha”, disse Hamilton Marques.

O movimento “Acorda Brasil”, organizado por empresários e profissionais liberais, também esteve presente. Eles querem o impeachment de Dilma. “Há base legal para isso. Se você sabe que roubam dinheiro público e não impede, você é parte. Isso é improbidade administrativa, motivo para impedimento”, explicou Percy Russ Tiemann, um dos líderes do movimento.

Outro carro de som era comandado por um movimento estudantil. Francisco Stryk, um dos organizadores do grupo, disse que a motivação do protesto era aproximar os jovens da política. “Queremos a melhoria do Brasil, principalmente da educação, que está abandonada. Só com os jovens na rua vamos conseguir isso”, concluiu.

O impeachment de Dilma, no entanto, não era unanimidade. Muitos manifestantes se declararam favoráveis à uma reforma política, mas disseram ter dúvidas sobre a cassação do mandato da presidente. O profissional de informática Adriano Lang era um deles. “Todo protesto é válido, mas não é válido passar por cima de meios democráticos, como a eleição”, declarou, enquanto colava cartazes pela XV de Novembro com os dizeres: “Voto na Dilma também no terceiro turno!”

A concentração do protesto em Curitiba, na Praça Santos Andrade. | - Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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A concentração do protesto em Curitiba, na Praça Santos Andrade.

“Por um futuro melhor” | - Rosana Camargo/#japragazeta

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“Por um futuro melhor”

Em Curitiba, manifestantes reclamaram do governo do PT e da corrupção. | - Carolina Pompeo/Gazeta do Povo

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Em Curitiba, manifestantes reclamaram do governo do PT e da corrupção.

Brasileiros unidos pela reforma política | - Carolina Pompeo/Gazeta do Povo

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Brasileiros unidos pela reforma política

Manifestantes na Avenida Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba | - Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Manifestantes na Avenida Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba

Invasão amarela na Santos Andrade, em frente à UFPR. | - Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Invasão amarela na Santos Andrade, em frente à UFPR.

Calçadão da Rua XV tomada pelos manifestantes. | - Aniele Nascimento /Gazeta do Povo

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Calçadão da Rua XV tomada pelos manifestantes.

Apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso da operação Lava Jato. | - Rosana Camargo/#japragazeta

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Apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso da operação Lava Jato.

Deu praia: Copacabana, no Rio de Janeiro, tomada de manifestantes. | - Tasso Marcelo/Fotos Públicas

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Deu praia: Copacabana, no Rio de Janeiro, tomada de manifestantes.

Praias do Rio lotaram com as manifestações. | - Tasso Marcelo/Fotos Públicas

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Praias do Rio lotaram com as manifestações.

Avenida Paulista completamente tomada: cerca de um milhão de pessoas saíram, às ruas de São Paulo. | - Robson Fernandjes/Fotos Públicas

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Avenida Paulista completamente tomada: cerca de um milhão de pessoas saíram, às ruas de São Paulo.

Mar de gente nas duas da capital paulista. | - Paulo Pinto/Fotos Públicas

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Mar de gente nas duas da capital paulista.

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