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Protesto

Manifestantes ocupam a Câmara de Brasília

Cerca de 500 pessoas invadiram o plenário para exigir a renúncia de José Roberto Arruda. Legislativo abriu processo por quebra de decoro contra 10 deputados

Manifestantes levam caixão que simboliza o enterro do governador do DF. Eles também colocaram no meio do plenário um caixote de madeira que dizem ser a Caixa de Pandora, em alusão ao nome da operação policial que investiga Arruda. Na caixa, estava a inscrição DEM, que significaria “Dinheiro Escondido na Meia” | Marcello Casal/ABr
Manifestantes levam caixão que simboliza o enterro do governador do DF. Eles também colocaram no meio do plenário um caixote de madeira que dizem ser a Caixa de Pandora, em alusão ao nome da operação policial que investiga Arruda. Na caixa, estava a inscrição DEM, que significaria “Dinheiro Escondido na Meia” (Foto: Marcello Casal/ABr)

Brasília - Cerca de 500 manifestantes invadiram ontem o prédio da Câmara Legislativa do Distrito Federal exigindo a renúncia do governador José Roberto Arruda (DEM) e do vice, Paulo Octávio (DEM). Os dois democratas são acusados de co­­­mandar um esquema de corrupção em que estariam envolvidos tam­­­­­bém deputados, se­­­cretários do governo e empresários.

Inicialmente, 150 manifestantes chegaram à Câmara e quebraram a porta principal (de vidro) e a porta do plenário (de madeira). Os dois seguranças não resistiram. Aos poucos, o número de invasores aumentou. Entre eles havia sindicalistas de várias categorias, estudantes e militantes de partidos de esquerda, como o PSol.

Os manifestantes entraram carregando um caixão que simbolizava o enterro de Arruda. Dentro do caixão havia um homem com uma faixa em que estava escrita a palavra "governador". Eles usaram megafones e gritavam "Arruda na Papuda" – em alusão ao Presídio da Papu­­­da. Gritaram também "Pê Ó no xilindró", em referência a Paulo Octávio.

Além do caixão, os manifestantes depositaram no plenário um caixote de madeira que disseram ser uma "Caixa de Pandora" (nome da Operação da Polícia Federal que investiga o esquema de corrupção). Na caixa estava escrito "DEM" e uma tradução: "Dinheiro Escon­­­dido na Meia" – uma lembrança do vídeo em que o deputado Leo­­­nardo Prudente esconde uma suposta propina nas meias.

Quebra de decoro

Com a saída dos manifestantes que ocuparam o plenário, o presidente em exercício da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PT), abriu a sessão e anunciou a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra dez deputados suspeitos de participação no mensalão do DEM.

O petista afirmou que não foi possível ler o requerimento que pede a criação de uma CPI para investigar as denúncias porque, com a ocupação do plenário, alguns deputados deixaram a Casa sem assinar o documento.

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