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mensalão do dem

Manifestantes pedem cassação de Jaqueline Roriz no DF

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa recomendou a cassação da deputada, por ela ter sido flagrada em um vídeo recebendo um pacote de dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa

Manifestantes se reúnem em frente ao Congresso Nacional para pedir a cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) pelo plenário da Câmara. Ela foi flagrada em 2006 recebendo dinheiro do delator e operador do mensalão do Distrito Federal (DF), Durval Barbosa | Antônio Cruz/ABr
Manifestantes se reúnem em frente ao Congresso Nacional para pedir a cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) pelo plenário da Câmara. Ela foi flagrada em 2006 recebendo dinheiro do delator e operador do mensalão do Distrito Federal (DF), Durval Barbosa (Foto: Antônio Cruz/ABr)

Cerca de 40 pessoas fazem um protesto em frente ao Congresso Nacional, na rampa que dá acesso à chapelaria, onde os deputados desembarcam. Com camisetas pretas, o grupo quer pressionar os parlamentares a votarem a favor da cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).

Os pedidos de punição para a deputada estão espalhados por toda a Esplanada dos Ministérios. Diversas faixas pedindo a cassação de Jaqueline e o fim da corrupção no Congresso podem ser vistas por todo o gramado. O asfalto do Eixo Monumental, via onde ficam os ministérios e o Congresso, foi pintado com a frase "Fora Jaqueline Roriz".

Já aprovado no Conselho de Ética, o relatório que pede a cassação de Jaqueline será votado nesta terça-feira (30) à tarde no plenário da Câmara. Ela foi filmada, em 2006, recebendo R$ 50 mil do delator do mensalão no Distrito Federal, Durval Barbosa.

A previsão é que a votação comece às 16 horas, junto com a ordem do dia do plenário. Antes, porém, os líderes partidários devem se reunir para decidir se esse será o primeiro item da pauta. A votação do processo de cassação é secreta e, para ser aprovado, são necessários, pelo menos, 257 votos favoráveis.

O relator do caso, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), está reunido com advogados para definir como será feita a argumentação no processo. Ele deverá ler o relatório em plenário. Em seguida, a defesa de Jaqueline Roriz terá cerca de 25 minutos para as explicações. Em seguida, a própria deputada deverá se manifestar.

A expectativa é que Jaqueline alegue que não pode ser cassada porque o recebimento do dinheiro de Durval Barbosa ocorreu em 2006. Antes, portanto, de assumir o mandato de deputada federal.

Após a defesa do advogado, Jaqueline Roriz deverá se manifestar. Pessoas próximas à deputada disseram que ela está tranquila e que preparou sozinha o discurso.

Em junho deste ano, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o relatório de Sampaio pela cassação do mandato de Jaqueline, por quebra de decoro parlamentar. Ela anunciou que pretendia entrar com o recurso contra a decisão, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas desistiu.

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