• Carregando...

A Procuradoria-Geral da República abriu uma investigação para apurar se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cometeu improbidade administrativa por omissão em relação ao suposto esquema de corrupção na Casa da Moeda.

Entre 2010 e o final do ano passado, o ministro e seu gabinete receberam diversos avisos, entre eles ao menos um ofício, sobre a existência de irregularidades na Casa da Moeda. Porém, Mantega não teria tomado nenhuma medida.

A investigação, ainda em caráter preliminar, tem prazo de 180 dias para ser concluída. Depois, é aberto o inquérito civil.

Como o jornal Folha de S.Paulo revelou em fevereiro, Mantega manteve o economista Luiz Felipe Denucci Martins no cargo de presidente da Casa da Moeda mesmo depois de ter sido informado de suspeitas de corrupção no órgão.

O ministro, em audiência no Senado, confirmou que só decidiu afastar o subordinado no final de janeiro, após ter sido informado de que a Folha de S.Paulo estava preparando uma reportagem sobre o caso.

Um conjunto de documentos de uma operadora financeira em Londres apontam que, entre 2009 e 2011, offshores em nome de Denucci e sua família movimentaram cerca de R$ 50 milhões em contas no exterior.

O dinheiro seria resultado do pagamento de comissões por fornecedores da Casa da Moeda. Denucci nega as suspeitas.

Denucci já era investigado pela Polícia Federal por supostas operações irregulares com dinheiro, cerca de R$ 1,8 milhão, que trouxe do exterior através de um banco nos EUA.

O caso será conduzida pelo procurador Júlio Carlos Schwonke, titular do 3º Ofício de Patrimônio Público, órgão de primeira instância.

A representação que originou a abertura da investigação foi protocolada por senadores da oposição na Procuradoria Geral da República. O procurador-feral, Roberto Gurgel, transferiu o caso para a primeira instância.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]