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Marcelo Odebrecht está preso em Curitiba dentro da investigação da Operação Lava Jato. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Marcelo Odebrecht está preso em Curitiba dentro da investigação da Operação Lava Jato.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Preso na Operação Lava Jato em junho e réu por corrupção e lavagem de dinheiro, o empresário Marcelo Odebrecht formalizou na quarta-feira (9) o afastamento da presidência da Odebrecht S.A., holding de sua família que controla várias companhias.O executivo também se afastou dos cargos de presidente dos conselhos de administração de Braskem empresa em que a Petrobras também é acionista, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Realizações Imobiliárias e Odebrecht Ambiental.

Em nota ao mercado, a empresa diz que a medida possibilitará que ele se dedique integralmente à sua família e à sua defesa nas ações penais a que responde. A nota acrescenta que ao final dos processos judiciais em curso, a inocência de Marcelo Odebrecht será formalmente reconhecida.

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Outros quatro executivos da Odebrecht foram presos, alguns dos quais já haviam deixado a empresa, caso do lobista Alexandrino Alencar.

No fim de outubro, em sua primeira tentativa de defender-se em público desde que foi preso, Odebrecht atacou os procuradores da Operação Lava Jato, afirmou ser vítima de prejulgamento e recusou-se a responder perguntas do juiz Sergio Moro e da acusação, durante depoimento prestado à Justiça.

“As especulações talvez não tivessem prevalecido se os investigadores tivessem se dado ao trabalho de me ouvir”, declarou Odebrecht à época. Temo que este processo sirva para justificar a prisão preventiva injusta e desnecessária.

Em agosto, integrantes da cúpula da Odebrecht chegaram a discutir a possibilidade de o executivo aderir a um acordo de delação premiada, mas ideia depois descartada. Pouco depois, em setembro, o próprio Marcelo Odebrecht descartou a hipótese. “Não tenho o que dedurar”, afirmou em sessão da CPI da Petrobras.

A defesa de Odebrecht fez diversos pedidos à Justiça para que o executivo fosse solto, mas todos acabaram rejeitados. Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki negou um pedido no fim de outubro e acrescentou que não havia ilegalidade flagrante, como argumentaram os advogados de defesa, na prisão do executivo.

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