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Edison Lobão, pai de Márcio Lobão, é o presidente da CCJ do Senado | Marcos Oliveira/Agência Senado
Edison Lobão, pai de Márcio Lobão, é o presidente da CCJ do Senado| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Fora dos holofotes que o mostraram no centro da cena política na última semana, quando foi alçado à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Edison Lobão (PMDB-MA) preferiu o silêncio sobre a operação da Policia Federal que tem como alvo um de seus filhos, Márcio Lobão. Procurado, mandou que se procurasse os advogados. Já o filho, através dos advogados, se disse inocente e chamou a Operação Leviatã de “drástica medida judicial”.

A ação mirou também o ex-senador Luiz Otávio, ligado ao mesmo grupo políticos dos Lobão e do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O presidente da CCJ não apareceu nesta quinta no Senado.

“Não vou me manifestar. Sobre esse assunto fala o advogado do meu filho, que é Aristides Junqueira”, mandou dizer o senador Edison Lobão, por meio de sua assessoria. Mais tarde, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, enviou uma nota em defesa do senador e de seu filho.

Procurado, Junqueira divulgou uma nota em nome de Márcio Lobão, que disse desconhecer as razões que levaram a busca e apreensão em sua residência nesta manhã.

“A respeito da busca e apreensão realizada hoje na residência de Márcio Lobão, no Rio de Janeiro, ele, por intermédio de seus advogados que subscrevem a nota, reitera que nenhum ilícito cometeu, apesar de não ter conhecimento das razões que justificam a drástica medida judicial”, diz a nota assinada por Aristides Junqueira e Luciana Moura Alvarenga.

Com o Senado já esvaziado, a operação teve pouca repercussão na Casa. Mas o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE), ressaltou a normalidade do funcionamento das investigações da Operação Lava Jato.

“[A Operação Leviatã] mostra que as instituições estão funcionando”, declarou Eunício.

Já o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que perdeu a disputa do comando da CCJ para o grupo comandado pelo líder do PMDB Renan Calheiros (AL) e o ex-senador José Sarney, foi quem pareceu mais satisfeito com os holofotes da Polícia Federal na família Lobão.

Veja a nota enviada pelo advogado de Edison Lobão

“É do conhecimento de todos, porque amplamente divulgado pelos meios de comunicação, o fato de que um dos filhos do Senador Edson Lobão [sic],foi alvo, hoje, de uma operação da Polícia Federal, autorizada pela Justiça.

À parte o constrangimento e a sensação de injustiça que esse tipo de ação provoca em quem, como o filho do Senador, tem a consciência tranquila e nada há tem a temer, exceto o julgamento precipitado a que é induzida a opinião pública é necessário uma repulsa veemente a esta ação desproporcional.

A defesa do Senador ressalta a indignação diante da agressão e da injustiça sofridas pelo filho do Senador. E, mais uma vez, o que move a arbitrariedade é unicamente a palavra do delator que se vale da delação premiada para ferir a honra das pessoas, em troca de benefícios.

Nenhuma prova, nenhum indício, nada que justifique ação tão desproporcionada e injusta. Mas é bom que se investigue, que se apure, para provar a improcedência de acusação tão descabida.

Evidentemente somos a favor de que se apure toda e qualquer ilicitude na vida pública. E nesse sentido, a Operação Lava Jato conta e contará com o apoio de toda a sociedade desde que sem os excessos que viraram regra.Os 2 primeiros inquéritos que foram abertos em relação ao Senador na Lava Jato já foram arquivados, pois comprovadamente as delações eram falsas. Não havia nenhum motivo para ato tão invasivo e que constrange toda a família.”

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