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Chamado para um jantar com a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), reagiu nesta terça-feira (3) às críticas e negou que teria montado uma pauta com "bombas fiscais" para pressionar o Planalto a liberar cargos e emendas.

Maia ainda criticou "setores da imprensa" e defendeu a autonomia do Congresso de elaborar pautas de votações, inclusive com "pautas bombas".

Na semana passada, o governo teve que atuar para impedir a votação de proposta com impacto nas contas públicas, como a jornada de trabalho de 30 horas para enfermeiros, a flexibilização do fator previdenciário e a meta de uso de 10% do PIB em educação, entre outras. A pauta foi considerada por integrantes do governo como um sinal claro de insatisfação.

A resposta de Maia foi registrada em uma nota divulgada para a imprensa e repetida durante entrevista aos jornalistas. Ele negou crise com o Executivo.

"Surpreende o fato de que alguns veículos de comunicação que vinham acusando o Legislativo de somente votar matérias de interesse do Executivo, chegando a acusar o Parlamento de atuar de maneira subserviente aos interesses do governo, agora, criticarem a Câmara por debater e votar projetos que não foram apresentados pelo Executivo. E quem diria, saem na defesa do governo, criticando o Parlamento por discutir e propor votações que, embora do interesse de amplos setores da sociedade, seriam projetos contrários aos interesses do Planalto", afirmou Maia.

No texto, ele apontou ainda que é necessário que os deputados tenham liberdade para definir as votações. "O Legislativo também pode propor sua própria pauta, de forma independente e responsável, como o fez e deverá seguir fazendo, sempre que entender que os interesses da sociedade estão acima dos interesses do Executivo", afirmou.

Aos jornalistas, o presidente da Câmara disse que recebeu um telefonema da presidente Dilma na semana passada agradecendo as votações do semestre na Casa e que foi convidado para o jantar para discutir mais sobre a política do país.

Ele negou que tenha desgastes com o governo por conta da recusa de nomeações de indicados especialmente em bancos públicos.

"Isso Não é verdade, não existe, em nenhum momento houve qualquer tipo de demanda minha para qualquer cargo, não sei de onde tiraram essa história. Já desmenti em várias oportunidades. Tudo que eu pedi, encaminhei para a presidente, seja de demanda do meu estado ou do país, foram muito bem encaminhadas, não há nenhuma negação de pedido meu", afirmou.

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