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Marcos Valério confirmou, nesta quinta-feira, o depoimento que havia prestado à polícia sobre a falsificação de notas fiscais da SMPB Comunicação. Ele sustentou que não tem qualquer envolvimento com o esquema, uma vez que ocupava uma função comercial na empresa e que viaja durante toda a semana. Segundo ele, os sócios da agência, Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach Cardoso, tinham mais de 60% das cotas e respondiam sozinhos pela administração da SMPB.

O depoimento foi dado no início da tarde desta quinta-feira, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Marcos Valério foi ouvido na 4ª Vara Criminal pelo juiz Walter Luiz de Melo. Estavam presentes o procurador Edson Firmino de Paula e o advogado de defesa do empresário, Paulo Sérgio de Abreu e Silva. O Ministério Público Estadual (MP) acusa Marcos Valério e o diretor de atendimento da SMPB, Rodrigo de Souza Simões, de falsidade ideológica.

Segundo os autos, Marcos Valério, Rodrigo Simões e outras seis pessoas emitiram as notas falsas, que simulavam pagamentos de serviços a Wlhad Prestação de Serviços Ltda., que não foram prestados. De acordo com a acusação da promotoria, a Wlhad recebia entre 3% e 4% sobre o valor da nota emitida.

Marcos Valério disse que não conhece a empresa, nem mesmo seus representantes. Ele teria ficado sabendo das notas pela diretora financeira da SMPB, Simone Vasconcelos. Além disso, o empresário afirmou que se tivesse recebido a suspensão condicional do processo, como aconteceu com outros quatro acusados, ele não teria aceitado. Para ele, essa é a melhor oportunidade de falar e desmentir as calúnias que a imprensa teria feito contra ele. Valério disse que seu nome está sendo usado de maneira sórdida por um jogo de interesses entre pessoas que querem ter poder no país. Ele acredita que na Justiça terá oportunidade de provar o que fez e o que não fez.

A secretária Andréia Cristina da Silva, acusada de receber as notas falsas, depôs no último dia 6. Ela recusou a suspensão condicional do processo, proposta pelo Ministério Público, alegando inocência. Ela negou envolvimento na emissão das notas frias.

Wladimir de Miranda e Silva, Simone Vasconcellos, Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach Cardoso também foram acusados, mas aceitaram a suspensão condicional que ganharam por serem réus primários e terem bons antecedentes. O processo contra eles está suspenso por dois anos. Em contrapartida, nesse período, eles devem comparecer à Justiça uma vez por mês e não podem ficar mais de 30 dias fora da cidade. Se cumprirem as exigências e não cometerem novos crimes, terão a acusação extinta.

Luiz Fernando de Paula Santos, outro acusado de envolvimento na fraude, não compareceu ao interrogatório, marcado para 13 de julho.

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