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O voto do ministro Joaquim Barbosa pela condenação por peculato e corrupção ativa foi recebido sem surpresas pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do mensalão, e por seus defensores. Segundo o advogado Marcelo Leonardo, Valério, que acompanha o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) em Belo Horizonte, não tinha expectativas de um voto diferente do relator do processo.

"O voto do relator era esperado. Mas o julgamento só termina quando os 11 ministros proferem seus votos. Acreditamos que haverá divergências em relação ao pedido de condenação", avalia Marcelo Leonardo, acrescentando que o cliente também não nutria expectativas quanto ao voto de Barbosa.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusou Valério de providenciar e distribuir o dinheiro aos beneficiários do esquema. Ele pediu a condenação de Valério por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na defesa do empresário, no último dia 6, o advogado negou todas as acusações e criticou o Ministério Público por ter usado apenas provas colhidas no inquérito e na CPI dos Correios.

Marcelo Leonardo negou o pagamento de mesada a políticos, interpretando a entrega dos valores por Valérico como dinheiro para quitação de contas das campanhas de 2002 e 2004. "As inúmeras testemunhas ouvidas na instrução criminal contraditória nesta ação penal negam o mensalão, esclarecem que os recursos foram repassados para fins de ajuda em campanhas eleitorais, constituindo, assim, no máximo, em caixa dois das mesmas campanhas. Jamais tendo havido repasse de dinheiro a parlamentares para compras de votos", afirmou o advogado aos ministros.

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